O deputado estadual Jamilson Name (PSDB) foi intimado pela Justiça a prestar contas da administração do patrimônio da família, avaliado em cerca de R$ 1 bilhão. A ação foi movida por seu irmão, Jamil Name Filho, o “Jamilzinho”, e pela madrasta, Tereza Name, representante do espólio do pai. Eles afirmam que o parlamentar realizou transações milionárias sem apresentar qualquer tipo de prestação de contas.
Segundo a denúncia, Jamilson teria feito movimentações como vendas de imóveis, transferências de cotas empresariais e uso de contas bancárias da família desde 2019, quando o pai e o irmão foram presos durante a Operação Omertà. A família afirma que, mesmo após a morte do patriarca em 2021, ele não apresentou documentos detalhados sobre receitas e despesas. Até agora, ele só entregou parte dos gastos de três meses de 2024, sem comprovações nem dados de entrada de recursos.
A Justiça tentou intimá-lo diversas vezes por carta, mas só conseguiu entregar a notificação pessoalmente neste mês, por meio de oficial de Justiça. A defesa do deputado diz que ele não se recusa a prestar contas, mas argumenta que o pedido da família é genérico e envolve um grande volume de informações. Ainda assim, a família insiste que o objetivo é entender exatamente o que foi feito com o patrimônio, onde e com quem foram feitas as negociações.
O espólio pede documentos que comprovem movimentações em empresas, fazendas, apartamentos, contas bancárias e outros bens. A defesa de Jamilson afirma que os atos foram legais e tinham a anuência de Jamilzinho, e que o parlamentar atuou para proteger o patrimônio da família de negociações prejudiciais. O caso segue tramitando na 13ª Vara Cível de Campo Grande.