Os deputados devem fechar o ano sem a conclusão de uma investigação polêmica na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. Isso porque o corregedor da Assembleia, Maurício Picarelli (PSDB), ainda não apresentou relatório que investiga possível quebra de decoro dos deputados Felipe Orro (PSDB) e Paulo Corrêa (PR).
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Os deputados foram gravados em uma conversa telefônica onde Corrêa orienta Orro sobre procedimentos para fraudar o cartão de ponto da Assembleia Legislativa. Um pastor gravou a conversa, que veio a público.
Após o escândalo os deputados abriram uma investigação, que está sendo conduzida por Picarelli. Ele já ouviu todos os envolvidos e pediu uma gravação entregue ao Gaeco para ouvir antes de concluir o relatório.
O corregedor prometeu entregar o parecer ainda neste ano, mas os trabalhos na Casa encerram-se na quarta-feira (21). Picarelli dirá se os deputados quebraram ou não o decoro, mas caberá ao presidente da Assembleia, Junior Mochi (PMDB), definir a punição. O presidente, por sua vez, pode pedir um prazo para análise e jogar a decisão para o ano que vem.
Os deputados podem ser advertidos publicamente, suspensos ou até enfrentarem uma comissão processante, que pode cassar o mandato por quebra de decoro. A dupla nega irregularidade e ainda questiona o vazamento do áudio, gravado sem autorização judicial.
Esta pode ser a segunda investigação arquivada pela Assembleia. Os deputados arquivaram a CPI dos Fantasmas, alegando que o Ministério Público já investiga o caso. Agora, podem seguir o modelo no caso dos deputados, fechando o ano sem punições.