O pastor Jairo Fernandes Silveira, protagonista de um escândalo envolvendo os deputados estaduais Paulo Corrêa (PR) e Felipe Orro (PSDB), promete entregar novas provas. Ele é responsável pela gravação da ligação telefônica onde Corrêa orienta Orro sobre procedimentos para fraudar o cartão de ponto da Assembleia Legislativa.
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O pastor, que já prestou depoimento ao corregedor Maurício Picarelli (PSDB), promete uma coletiva de imprensa para dar mais detalhes sobre o caso. Ele prometeu, inclusive, novos áudios sobre a polêmica.
Parlamentares acusam Jairo de ter procurado o deputado Zé Teixeira (DEM), primeiro-secretário da Casa, para oferecer o áudio, o que caracterizaria extorsão, mas ele nega. Orro, inclusive, desconfia do pastor, que teria lhe oferecido o telefone para a ligação durante uma agenda em Maracaju. O pastor pouco se pronunciou sobre o assunto e acusa os parlamentares de tentativa de desviar o foco.
“É nítido o propósito dos ofensores, por meio dessas acusações, de desviar o foco dos noticiários, em que se viram envolvidos quando da divulgação dos áudios na imprensa, mesmo que para isso tenham que prejudicar uma pessoa inocente. Em meus 48 anos de idade, não há qualquer fato negativo ou mínima mancha que seja capaz de macular a biografia por mim construída, sendo inconcebível e ilógicas as acusações que agora me fazem. Tenho um longo histórico de vida pública na cidade de Maracaju que atesta a minha idoneidade”, disse, via Facebook.
A investigação na Assembleia é comandada por Maurício Picarelli, que prometeu entregar o relatório ainda neste ano. Ele dirá se os deputados merecem advertência pública, suspensão ou até a cassação do mandato, que se daria por meio de uma comissão processante.
O parecer de Picarelli é entregue a Junior Mochi (PMDB), responsável por acatar ou não o parecer. Se Picarelli considerar que houve quebra de decoro, Orro e Corrêa enfrentarão uma comissão, que pode cassá-los, dependendo da votação no plenário.