Divisão efetivamente de Mato Grosso do Sul aconteceu em janeiro de 1979 com a instalação do governo do novo Estado. Sendo que a sua força para a divisão veio com a regularização das viagens ferroviárias. O crescimento socioeconômico do Sul do estado com a pecuária e a exploração da erva-mate marcaram o movimento. Mesmo com a prosperidade do Sul, Cuiabá ainda mantinha o poder político e administrativo, mesmo que as grandes distâncias a deixassem isolada das cidades do Sul e da capital federal, Rio de Janeiro.
Com uma divisão que serviu para impulsionar o desenvolvimento Mato Grosso e em sua região Sul, dia 11 de outubro de 1977. Na época, Mato Grosso tinha 93 municípios e 1.231.549 quilômetros quadrados. A lei dividiu o Estado e deixou Mato Grosso com 38 municípios e Mato Grosso do Sul com 55. Apesar de ter menos municípios, Mato Grosso ficou com a maior área: 901.420 quilômetros quadrados.
Em 1921, Campo Grande passou a ser sede da Circunscrição Militar (atualmente Comando Militar do Oeste), logo depois foi considerada a capital econômica de Mato Grosso devido à exportação na estação ferroviária.
A divisão aconteceu quando em 1974, foi estabelecida a legislação básica para a criação de novos estados e territórios. As ideias da divisão renasceram devido à discussão dos limites de Mato Grosso com Goiás. O movimento tomou fôlego e, em 1976, a Liga Sul-Mato-Grossense, presidida por Paulo Coelho Machado, liderou a campanha. Do outro lado a oposição era do governador de Mato Grosso, José Garcia Neto. Os integrantes da Liga forneceram ao governo federal subsídios necessários para viabilizar a divisão do Estado e, em 11 de outubro de 1977, o presidente Ernesto Geisel assinou a Lei Complementar nº 31 dividindo Mato Grosso e criando o estado de Mato Grosso do Sul.
Mato Grosso do Sul teve onze governadores, sendo que o primeiro a comandar foi Harry Amorim Costa. Conforme o Governo do Estado, ele tomou posse no Teatro Glauce Rocha, em Campo Grande, no 1º de janeiro de 1979, onde também desfilou no estádio Morenão, ao lado de Ernesto Geisel. Atualmente o governo está na mão do tucano Reinaldo Azambuja (PSDB), pelo segundo mandato.
Nova Ferroeste
Mato Grosso do Sul terá uma redução de 32% nos custos logísticos com a nova ferrovia, reduzindo de R$ 3,8 bilhões no transporte por rodovias, para R$ 2,6 bilhões pela Nova Ferroeste. Com redução de custos ao setor produtivo de Mato Grosso do Sul, o projeto da Nova Ferroeste, que vai ligar Maracaju ao Porto de Paranaguá, poderá transportar já no primeiro ano 35 milhões de toneladas (mercadorias), chegando a 45 milhões nos dez primeiros anos.
Governador Reinaldo Azambuja ressaltou que o projeto em andamento vai “revolucionar” o setor logístico do Estado, dando mais competitividade ao setor produtivo, além de diminuir as despesas e impulsionar a economia estadual. “Um sonho de Mato Grosso do Sul e Paraná, que está caminhando a passos largos”.
Para viabilizar todo este processo, o governador ainda criou um grupo de trabalho chamado “GT Ferrovias MS”, que vai acompanhar todos os projetos do setor ferroviário em Mato Grosso do Sul. Além da “Nova Ferroeste”, estão no radar os investimentos na Malha Oeste e a Ferronorte.