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![Operação do Gaeco visa prefeitura no interior](https://cdn.capitalnews.com.br/storage/webdisco/2019/07/30/1200x900/30bb793fe4e2fa6ce613864564562ebb.jpg)
Além da prefeitura, residências também receberam a 'visita' dos agentes da Gaeco
Promotores de Justiça do GAECO (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e do GECOC (Grupo Especial de Combate à Corrupção), com apoio de policiais, realizaram nesta terça-feira uma operação para desmantelar um esquema de fraude em licitações públicas nas cidades de Água Clara e Rochedo, no Mato Grosso do Sul. Ao todo, foram cumpridos 39 mandados de busca e apreensão e 11 pessoas foram presas. A operação, chamada "Malebolge", também ocorreu em Campo Grande e Terenos.
A investigação revelou a existência de uma organização criminosa especializada em crimes contra a Administração Pública. Os criminosos, liderados por um empresário, corrompiam servidores públicos para fraudar licitações, direcionando as concorrências para beneficiar empresas específicas. O esquema envolvia a elaboração de editais que impediam a concorrência e a manipulação de processos licitatórios.
O esquema de corrupção começou a ser desvendado após a apreensão de celulares na operação "Turn Off", realizada em novembro de 2023. Naquela operação, oito pessoas foram presas, mas logo liberadas. A organização criminosa fraudava licitações em contratos que, de acordo com o Ministério Público Estadual (MPE), ultrapassam R$ 10 milhões, principalmente relacionados à compra de uniformes e merenda escolar, ambos ligados à área da educação.
A operação "Malebolge", nome inspirado na obra "Divina Comédia" de Dante Alighieri, contou com o apoio do Batalhão de Choque e do BOPE. Embora a investigação não envolva o atual prefeito de Rochedo, Arino Fernandes, a ex-prefeita de Água Clara, Gerolina, é citada no caso. A operação visa desbaratar a corrupção e a fraude envolvendo empresas e agentes públicos.