Daniel Popov/Canal Rural
Fertilizantes
Um estudo da Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados divulgou dados sobre os impactos da guerra entre Rússia e Ucrânia para o Brasil. O levantamento mostra que os preços de produtos importantes para a economia brasileira, como adubos, fertilizantes e petróleo dispararam desde o início do conflito no leste europeu, mas que o país pode ter sido beneficiado com a realocação de investimentos estrangeiros.
A consultoria aponta que 23% dos fertilizantes usados no Brasil vêm da Rússia. O país compra cerca de R$ 3,5 bilhões em fertilizantes por ano do país e entre março de 2021 e março deste ano, a importação desses insumos vindos de lá cresceu 122,5%.
Os fertilizantes são importantes para aumentar a produtividade e qualidade nas lavouras. Desde o início da guerra, o preço global de adubos e fertilizantes subiu 140,4%. A consequência natural é que os campos sejam menos produtivos caso a agricultura brasileira, a quarta maior consumidora mundial de fertilizantes, não consiga substituir a quantidade de insumos que antes importava dos russos.
Para o cientista político Paulo Kramer, especialista da Fundação da Liberdade Econômica, as autoridades brasileiras agiram bem para minimizar os impactos da guerra sobre a economia do país.
“É preciso reavaliar positivamente a viagem que o presidente Jair Bolsonaro fez à Rússia um pouco antes da invasão à Ucrânia. Essa visita gerou muita polêmica, porque parecia que o Brasil estava escolhendo um lado, mas, passados quatro meses, a gente pode enxergar melhor que ele se esforçou para garantir o abastecimento dos fertilizantes que são tão importantes para o nosso agronegócio, nossa produção e exportação de alimentos”, avalia.
Kramer destaca que mais de 80% dos fertilizantes usados na produção agrícola brasileira vêm do exterior, mas que além da visita do presidente Jair Bolsonaro à Rússia, a viagem da então ministra da Agricultura, Tereza Cristina, ao Canadá, foi determinante para garantir o estoque dos insumos a médio prazo. “Foi um esforço de diversificar as nossas fontes de fertilizantes”.
- Saiba mais
- Repatriados da Ucrânia chegaram ao Brasil nesta quinta
- Ucranianos cumprem quarentena em São José dos Campos
- Rússia acusa EUA de financiarem armas biológicas na Ucrânia
- Brasil defende a permanência da Rússia no G20, diz Carlos França
- Ucrânia rejeita ultimato russo e Mariupol não se rende
- Governo prorroga concessão de visto para refugiados ucranianos
- Conselho de Direitos Humanos da ONU debaterá guerra na Ucrânia
- Brasil concederá visto temporário a ucranianos
- Campo-grandense se prepara para ir à guerra na Ucrânia
- Alemanha anuncia envio de armas e munições à Ucrânia
- Congelamento de reservas externas ameaça economia russa
- Itamaraty transfere embaixada de Kiev para a capital da Moldávia
- Senadores lamentam ataque da Rússia à Ucrânia
- Assembleia Geral da ONU vota resolução que condena ofensiva militar
- OMS enviará suprimentos médicos para a Ucrânia
- Estados Unidos suspendem importação de petróleo da Rússia
- Rússia veta resolução do Conselho de Segurança da ONU
- Kamala Harris acusa Rússia de crime de guerra e pede investigação
- Zelenskiy questiona Conselho de Segurança da ONU na manutenção da paz
- Corte Internacional decide que Rússia deve retirar tropas da Ucrânia
- Brics: Brasil defende resolução pacífica para guerra na Ucrânia
- Presidente norte-americano diz que Rússia deveria sair do G20
- “Conflito no Leste Europeu teve bastante influência no comércio entre Brasil e Estados Unidos”, diz representante da Câmara Americana de Comércio
- Itamaraty: cerca de 40 brasileiros embarcam em trem para sair de Kiev
- ONU retoma Assembleia-Geral que discute invasão russa a Ucrânia
- Brasil permitirá acesso de ucranianos a passaporte humanitário
- Geórgia formaliza pedido de ingresso na União Europeia
- Invasão russa: Itamaraty apela para a suspensão imediata do conflito
- Mais de 5 mil manifestantes antiguerra já foram detidos na Rússia
- Quase 6 mil russos morreram desde o início do conflito na Ucrânia
- Reatores de usina tomada por russos não foram danificados
- ‘Em uma guerra não tem ganhadores, mas sim perdedores’ avalia Verruck
- “Com guerra na Ucrânia, retomada da UFN3 pode atrasar”, diz Verruck
- Estoque de fertilizantes está garantido até outubro, diz ministra
- Avião da FAB pousa na Polônia para repatriar brasileiros
- Ucrânia afirma ter matado 200 soldados russos em um único dia
- Putin vê “mudanças positivas” nas negociações com Ucrânia
- Brasil concede 74 vistos para ucranianos em março
- PF: Brasil já recebeu 894 ucranianos desde a invasão russa no país
- Secretário-geral da ONU condena ameaças de guerra nuclear
- Portaria detalha concessão de visto e residência a ucranianos
- Rússia: brasileiros relatam situação na região de conflito
- Festival de Cinema de Cannes suspende a Rússia
- “Mostrem que estão conosco”, pede presidente ucraniano a europeus
- ONU faz reunião de emergência após ataque à usina nuclear da Ucrânia
- Joe Biden anuncia maior sanção econômica da história à Rússia
- Conselho de Segurança pede reunião emergencial da Assembleia Geral
- EUA ampliam sanções contra Rússia e anunciam restrições à Bielorrússia
- Avião da FAB que resgatará brasileiros parte para a Polônia
- Chanceler brasileiro conversa com representantes dos EUA e da China
- ONU: países pedem cessar-fogo russo e solução pacífica para conflito
- Após ataque russo, maior usina nuclear da Europa está em chamas
- Brasileiro relata misto de alívio e preocupação ao chegar ao Brasil
- Rússia diz que cortará gás de países que não pagarem em rublo
- Biden anuncia novas sanções contra a Rússia
- Ministro diz ser contra sanções e pede permanência da Rússia no FMI
- Embaixador na ONU diz que Brasil está preocupado com os vulneráveis
- Rússia anuncia anexação de quatro regiões ucranianas
- Embaixada da Ucrânia espera posição forte do Brasil sobre guerra
- Representante da Ucrânia no Brasil sugere conversa entre presidentes
- Avião da FAB parte na segunda para resgatar brasileiros na Polônia
- Lula retorna ao Brasil após extensa agenda no Japão
- Ucrânia vai ao Tribunal de Haia contra a Rússia
- Jogador de MS que estava na Ucrânia chega em Campo Grande
- PMA eleva nível de assistência alimentar na Ucrânia
- Saída diplomática ainda é aposta de analistas para Rússia e Ucrânia
- Jogador sul-mato-grossense deixa Ucrânia e deve chegar ao Brasil nos próximos dias
- Rússia acusa Ucrânia de usar comunidade pacífica como escudo vivo
- Otan diz que vai impedir que Moscou expanda a agressão
- Otan decide ampliar defesas no flanco oriental da aliança militar
- Governo vai recorrer a voos comerciais para repatriar brasileiros
- Ministro diz que agressão da Rússia à Ucrânia é inadmissível
- Durante show, presidente russo diz que país nunca esteve tão forte
- Guerra chega ao cem dias com 20% da Ucrânia tomada e crise de refugiados
- Aumento das tensões da Guerra na Ucrânia impacta o Brasil
- Guerra: Sul-mato-grossense deixa hotel em Kiev
- Crise na Ucrânia: na ONU, Cuba acusa a Otan de agir com “hipocrisia”
- Otan não enviará tropas para lutar ao lado dos ucranianos
- Otan: “Não vamos entrar na Ucrânia, nem no espaço aéreo, nem em solo”
- Jogador de MS está entre atletas brasileiros que aguardam resgate na Ucrânia
- Brasileiros que saíram de Kiev chegam à Romênia
- ONU aprova resolução que condena invasão da Ucrânia pela Rússia
- Chanceler da Ucrânia pede mais sanções contra a Rússia
- ‘Nosso DNA como nação, sempre foi de paz’, diz Nelsinho sobre Guerra
- Embaixada brasileira: “deve-se deixar Kiev de trem na 1ª oportunidade”
- Presidente da Ucrânia diz que quase 9 mil soldados russos foram mortos
- Conflito na Ucrânia leva Europa a reforçar orçamentos de defesa
- OMS registra ataques a hospitais na Ucrânia
- Grupo de 47 ucranianos chega ao Brasil em acolhida humanitária
- Secretário-geral da Otan defende soberania das nações
- Brasil não apoia sistema de pagamento próprio do Brics, diz ministério
- Presidente da Ucrânia pede a Israel armas e sanções contra a Rússia
- Não cabe ao Brasil discutir conflito na Ucrânia, diz presidente
- Ucrânia: Brasil vai manter posição de equilíbrio, diz Bolsonaro
- Brasil pode ajudar na busca pela paz na Ucrânia, diz premiê holandês
- Brasil defende integridade territorial das nações, diz presidente
- Federação de Automobilismo se une a onda de sanções à Rússia
- Bolsonaro: pets poderão embarcar com brasileiros na Polônia
- Presidente do Congresso pede diálogo amplo entre Rússia e Ucrânia
- Presidente: posição do Brasil sobre conflito na Ucrânia é de cautela
Petróleo
Desde o início do conflito no leste europeu o preço do petróleo no mercado externo aumentou cerca de 70%, de acordo com o estudo da Consultoria Legislativa. Apesar de não comprar petróleo russo, o que não gera prejuízo para o abastecimento interno, o Brasil, assim como outros países, viu o preço dos combustíveis disparar nos últimos meses, o que aumentou o custo dos insumos, dos fretes e, por consequência, a inflação.
Segundo o cientista político, a alta no preço do petróleo prejudica a população mais pobre. “A Rússia é responsável pela exportação de 25% de todo o óleo diesel do mundo. O óleo diesel é fundamental para o transporte rodoviário, e o Brasil é um país rodoviário. Se encarece o diesel, isso encarece o frete dos gêneros de primeira necessidade e, obviamente, vai encarecer o preço do próprio produto que o brasileiro consome, um sacrifício desproporcionalmente maior para as camadas mais pobres da população”, explica.
O senador Luiz Carlos Heinze (PP-RS) defende que o Brasil só vai conseguir conter a escalada no preço dos combustíveis no nível interno se houver articulação entre União, estados e municípios. “Agora não é hora de procurar culpados. É hora de resolver o problema. A crise dos combustíveis é mundial. Temos uma guerra regional em curso e saímos de uma pandemia. São muitos os desafios e nossa obrigação é atuar para minimizar os impactos para a população brasileira. Todo mundo precisa fazer a sua parte. Entendo que o governo federal está buscando uma solução e compactuo com isso”, afirma.
Investimento
A consultoria destaca que a guerra entre Rússia e Ucrânia não trouxe apenas efeitos negativos para a economia brasileira. O estudo diz que o Brasil pode ter sido beneficiado de forma momentânea por investimentos estrangeiros realocados por conta do conflito.
Paulo Kramer diz que é cedo para analisar com precisão o desvio de capital internacional em direção ao Brasil, mas que o país vem melhorando a sua capacidade de atrair investimentos nos últimos anos. “Agora só falta os poderes da República se entenderem melhor entre si, de maneira a diminuir aquilo que mais assusta investidores estrangeiros, que é a insegurança jurídica, quer dizer, se as regras vão se manter ou não. É muito importante que a gente insista nesse ponto: a harmonia entre os poderes é muito importante para fortalecer a nossa capacidade de atração de investimento, que gera emprego e renda”, conclui.
