Reprodução/Itamaraty

O encontro teve dois segmentos. No primeiro, reuniram-se os chanceleres dos países membros do BRICS. No segundo, somaram-se ministros de países convidados pela presidência de turno do agrupamento
O Brasil defendeu ontem (19) em reunião virtual dos chanceleres do Brics a solução pacífica e negociada do conflito entre Rússia e Ucrânia e pediu urgência na busca de solução para a crise humanitária no país. Além disso, a representação diplomática do país ressaltou a necessidade de respeito ao Direito Internacional e aos princípios da Carta da Organização das Nações Unidas (ONU). A reunião resultou na declaração conjunta “Fortalecer a solidariedade e a cooperação do Brics, responder a novas realidades e desafios na situação internacional”.
Na primeira parte do encontro, que foi restrita aos chanceleres dos países do grupo, composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, os ministros manifestaram suas posições nacionais sobre a situação na Ucrânia, já defendidas em foros como a Assembleia Geral e o Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Reprodução/Itamaraty

O Ministro Carlos França participou, por videoconferência, da reunião de Chanceleres do BRICS
Os chanceleres demonstraram ainda preocupação com a recuperação econômica e a estabilidade internacional. Eles destacaram os efeitos adversos da interrupção de cadeias produtivas e de graves ameaças à segurança alimentar e energética e aos objetivos de desenvolvimento sustentável.
“O Brasil ressaltou a importância que atribui à cooperação entre os países do agrupamento em áreas como economia e finanças, que resultaram na criação do Novo Banco de Desenvolvimento, assim como em outras áreas promissoras, a exemplo de comércio, saúde e vacinas, combate ao terrorismo e a crimes transnacionais e ciência, tecnologia e inovação”, apontou o Itamaraty em nota sobre o encontro.
Convidados
Na parte complementar, a convite da China, que ocupa atualmente a presidência do grupo, houve a participação também da Arábia Saudita, Argentina, Cazaquistão, Egito, Emirados Árabes Unidos, Indonésia, Nigéria, Senegal e Tailândia. A intenção foi ampliar o diálogo com outros países e demonstrar a vocação do grupo para fortalecer o papel das economias emergentes na governança global.
A declaração conjunta informa que o Brics continuará com o aprimoramento da estrutura de cooperação entre os países integrantes sob os três pilares: político e de segurança; economia e finanças; intercâmbios interpessoais e culturais.
A iniciativa tem como objetivo acelerar a implementação da Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável e para ampliar e aprofundar ainda mais a cooperação entre os países do Brics.
“Os ministros concordaram que, diante dos novos desafios e características emergentes, os países do Brics devem aumentar sua solidariedade e cooperação e trabalhar juntos para enfrentá-los”, disse o comunicado divulgado após a reunião.
Por meio da defesa do direito internacional, o documento reforça o compromisso do grupo com o multilateralismo, incluindo os propósitos e princípios consagrados na Carta da ONU e com o papel central das Nações Unidas em um sistema internacional, em que Estados soberanos cooperam para manter a paz e a segurança, promover o desenvolvimento sustentável, garantir a promoção e proteção da democracia, dos direitos humanos e das liberdades fundamentais para todos, além de promover a cooperação baseada no espírito de respeito mútuo, justiça e igualdade.
China e Rússia realçaram a importância que conferem ao papel do Brasil, da Índia e da África do Sul nas relações internacionais, além de apoiarem suas aspirações de desempenharem papéis mais relevantes na ONU.
Pandemia
Sobre o combate à pandemia apoiaram o protagonismo da Organização Mundial da Saúde (OMS) e defenderam que era “imperativo garantir a disponibilidade de diagnósticos, medicamentos, vacinas e produtos médicos essenciais seguros, eficazes, acessíveis e econômicos para pessoas de diferentes países, especialmente países em desenvolvimento, bem como a distribuição equitativa de vacinas e a vacinação rápida, para preencher a lacuna de imunização globalmente”.
Os ministros reconheceram ainda a importância das discussões em andamento na OMC sobre as propostas relevantes de isenção de Direitos de Propriedade Intelectual (PI), como também a capacitação e o fortalecimento da produção local de vacinas e outros equipamentos de saúde, principalmente nos países em desenvolvimento.
“Ressaltaram a necessidade de continuar a fortalecer a cooperação no desenvolvimento, nos métodos de testagem, na terapêutica, na pesquisa, produção e reconhecimento de vacinas, na pesquisa sobre sua eficácia e segurança à luz de novas variantes do vírus covid-19, e no reconhecimento do documento nacional de vacinação contra a covid-19 e nas respectivas testagens, especialmente para fins de viagens internacionais, bem como o compartilhamento de conhecimento sobre a medicina tradicional entre os países do Brics”, indicou o documento.
Pesquisa
Os chanceleres apoiaram ainda o lançamento do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Vacinas do Bics, o estabelecimento do Sistema Integrado de Alerta Precoce do Brics para prevenir riscos de doenças infecciosas em massa e a adoção do Memorando de Entendimento sobre Cooperação no campo da Regulação de Produtos Médicos para Uso Humano.
Economia
O comunicado defende também que é crucial para os países garantirem o desenvolvimento sustentável como forma de governança econômica global e lembra o apoio do grupo à ampliação e ao fortalecimento da participação de mercados emergentes e países em desenvolvimento (EMDCs) na tomada de decisões econômicas internacionais e nos processos de definição de normas.
O Brics reforçou o apoio ao papel de liderança do G20 na governança econômica global e destacou que este grupo deve permanecer sem alterações e responder aos atuais desafios globais.
“Conclamaram a comunidade internacional a promover parcerias, sublinhando que é imperativo fortalecer a coordenação macropolítica para tirar a economia mundial da crise e moldar uma recuperação econômica pós-pandemia forte, sustentável, equilibrada e inclusiva. Instaram os principais países desenvolvidos a adotarem políticas econômicas responsáveis, ao mesmo tempo em que gerenciam as repercussões dessas políticas, para evitar impactos severos nos países em desenvolvimento”, indicou o texto do documento.
- Saiba mais
- “Não gastamos o suficiente em defesa”, diz chanceler britânica
- Parlamento Europeu condena ação militar russa na Ucrânia
- ONU vai investigar se Rússia viola direitos humanos na Ucrânia
- Lula retorna ao Brasil após extensa agenda no Japão
- Rússia diz que 498 soldados russos morreram; Ucrânia diz serem 7 mil
- Avião da FAB que resgatará brasileiros decola hoje para a Polônia
- Guerra: Preços dos alimentos vai subir no Brasil
- Presidente do Congresso pede diálogo amplo entre Rússia e Ucrânia
- Otan decide ampliar defesas no flanco oriental da aliança militar
- Presidente: posição do Brasil sobre conflito na Ucrânia é de cautela
- Governo vai recorrer a voos comerciais para repatriar brasileiros
- Presidente russo acusa Ucrânia de planejar genocídio
- Ministro diz que agressão da Rússia à Ucrânia é inadmissível
- Fifa impede participação da Rússia na Copa do Mundo
- Durante show, presidente russo diz que país nunca esteve tão forte
- Brasil defende integridade territorial das nações, diz presidente
- Guerra entre Rússia e Ucrânia encarece preços dos fertilizantes em mais de 140% e do petróleo em cerca de 70%
- Brasil concederá visto temporário a ucranianos
- Aumento das tensões da Guerra na Ucrânia impacta o Brasil
- Congelamento de reservas externas ameaça economia russa
- Itamaraty transfere embaixada de Kiev para a capital da Moldávia
- OMS enviará suprimentos médicos para a Ucrânia
- Estados Unidos suspendem importação de petróleo da Rússia
- OMS registra ataques a hospitais na Ucrânia
- Ucrânia: autoridades voltam a pedir à população para pegar em armas
- Grupo de 47 ucranianos chega ao Brasil em acolhida humanitária
- EUA fecham embaixada em Belarus e recomendam deixar a Rússia
- Secretário-geral da Otan defende soberania das nações
- Zelensky agradece conselheiros da ONU por votos contrários à Rússia
- Brasil não apoia sistema de pagamento próprio do Brics, diz ministério
- Jogador brasileiro que estava na Ucrânia desembarca amanhã no Galeão
- Presidente da Ucrânia pede a Israel armas e sanções contra a Rússia
- Ucrânia concorda com negociações sem pré-condições
- Não cabe ao Brasil discutir conflito na Ucrânia, diz presidente
- ONU retoma Assembleia-Geral que discute invasão russa a Ucrânia
- Geórgia formaliza pedido de ingresso na União Europeia
- Brasil pode ajudar na busca pela paz na Ucrânia, diz premiê holandês
- Quase 6 mil russos morreram desde o início do conflito na Ucrânia
- Reatores de usina tomada por russos não foram danificados
- Estoque de fertilizantes está garantido até outubro, diz ministra
- Avião da FAB pousa na Polônia para repatriar brasileiros
- Após apelo, Embaixada diz que irá resgatar jogadores brasileiros na Ucrânia
- Invasão russa completa hoje um mês e expõe uma Ucrânia devastada
- União Europeia anuncia fechamento do espaço aéreo a aviões russos
- Embaixada brasileira em Kiev faz alerta após bombardeios russos
- “Vamos reconstruir tudo que foi destruído”, diz presidente da Ucrânia
- Cerca de 800 soldados russos foram mortos em confronto, afirma Ucrânia
- Presidente da Ucrânia: ações em Bucha tornam negociações difíceis
- Brasil pede cessar-fogo e respeito ao direito humanitário na Ucrânia
- Zelensky quer aliança pela paz e apela por exclusão do espaço aéreo
- FAB coloca aviões de prontidão para retirada de brasileiros da Ucrânia
- Magnata russo denuncia “guerra absurda” e “massacre” na Ucrânia
- UE deve apoiar investigação sobre crimes de guerra
- Após ataque russo, maior usina nuclear da Europa está em chamas
- Festival de Cinema de Cannes suspende a Rússia
- ONU faz reunião de emergência após ataque à usina nuclear da Ucrânia
- Lula recusa convite de Putin para ir a fórum econômico
- EUA ampliam sanções contra Rússia e anunciam restrições à Bielorrússia
- Avião da FAB que resgatará brasileiros parte para a Polônia
- Senadores lamentam ataque da Rússia à Ucrânia
- Manifestações contra cultura russa extrapolam contexto da guerra
- Assembleia Geral da ONU vota resolução que condena ofensiva militar
- Governo estudará subsídio para o diesel se guerra se prolongar
- Rússia veta resolução do Conselho de Segurança da ONU
- Guerra na Ucrânia: papa Francisco pede “trégua pascal”
- Conselho de Direitos Humanos da ONU debaterá guerra na Ucrânia
- Comissão Europeia anuncia programa de apoio a refugiados ucranianos
- Alemanha anuncia envio de armas e munições à Ucrânia
- Ucrânia: Itamaraty instrui embaixador brasileiro a retornar a Kiev
- Avião da FAB parte na segunda para resgatar brasileiros na Polônia
- Chanceler diz que Brasil não enviará à Ucrânia munição para tanques
- Jogador de MS que estava na Ucrânia chega em Campo Grande
- PMA eleva nível de assistência alimentar na Ucrânia
- Rússia acusa Ucrânia de usar comunidade pacífica como escudo vivo
- Otan diz que vai impedir que Moscou expanda a agressão
- Mais de 5 mil manifestantes antiguerra já foram detidos na Rússia
- Governo prorroga concessão de visto para refugiados ucranianos
- Repatriados da Ucrânia chegaram ao Brasil nesta quinta
- ‘Em uma guerra não tem ganhadores, mas sim perdedores’ avalia Verruck
- Ucranianos cumprem quarentena em São José dos Campos
- “Com guerra na Ucrânia, retomada da UFN3 pode atrasar”, diz Verruck
- Rússia acusa EUA de financiarem armas biológicas na Ucrânia
- Itamaraty: cerca de 40 brasileiros embarcam em trem para sair de Kiev
- Brasil defende a permanência da Rússia no G20, diz Carlos França
- Brasil permitirá acesso de ucranianos a passaporte humanitário
- Invasão russa: Itamaraty apela para a suspensão imediata do conflito
- Ucrânia rejeita ultimato russo e Mariupol não se rende
- Crise na Ucrânia: na ONU, Cuba acusa a Otan de agir com “hipocrisia”
- Otan: “Não vamos entrar na Ucrânia, nem no espaço aéreo, nem em solo”
- Campo-grandense se prepara para ir à guerra na Ucrânia
- ONU aprova resolução que condena invasão da Ucrânia pela Rússia
- Chanceler da Ucrânia pede mais sanções contra a Rússia
- Presidente da Ucrânia diz que quase 9 mil soldados russos foram mortos
- Conflito na Ucrânia leva Europa a reforçar orçamentos de defesa
- Joe Biden anuncia maior sanção econômica da história à Rússia
- Presidente norte-americano diz que Rússia deveria sair do G20
- Conselho de Segurança pede reunião emergencial da Assembleia Geral
- Kamala Harris acusa Rússia de crime de guerra e pede investigação
- Chanceler brasileiro conversa com representantes dos EUA e da China
- Zelenskiy questiona Conselho de Segurança da ONU na manutenção da paz