A desembargadora Tânia Garcia de Freitas Borges concedeu habeas corpus a Celso Éder Gonzaga Araújo e Anderson Flores de Araújo, presos durante a Operação Ouro de Ofir, deflagrada pela Polícia Federal (PF).
Eles já foram soltos e serão monitorados por tornozeleira eletrônica. A decisão foi publicada durante durante o plantão judicial, no sábado (17) e foi divulgada nesta segunda-feira (19) pela imprensa.
A organização criminosa investigada pela operação Ouro de Ofir, deflagrada pela PFl e pela Receita Federal no dia 21 de novembro de 2017, “cometeu um ataque ao sistema financeira nacional”. Desde então, Eder e Anderson estão presos e haviam tentando a liberdade, mas os pedidos foram negados.
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Os investigadores estimam que 25 mil pessoas tenham sido lesadas no golpe que prometia rendimento milionário para quem investisse em uma antiga mina de ouro explorada na época do Império e que ficaria no Estado da Bahia.
As vítimas estão espalhadas por “todos os Estados brasileiros, do Acre ao Rio Grande do Norte, de Rondônia ao Rio Grande do Sul”, afirmou o delegado da Polícia Federal, Guilherme Faria. O golpe é milionário, considerando que a conta mínima para se investir no golpe era de R$ 1 mil.
Aproximadamente 70 policiais federais, servidores da Receita Federal e Policiais Militares trabalharam para o cumprimento de 11 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão temporária e quatro mandados de condução coercitiva, na Capital e em Terenos (MS), além de Goiânia (GO) e Brasília (DF). Ao todo, quatro pessoas foram presas durante a operação.
Os investidores eram induzidos a depositar quantias para ter uma lucratividade de mais de 1.000%. Também eram falsificados documentos de instituições públicas federais na tentativa de oferecer credibilidade ao que era repassado às vítimas.
A organização criminosa convencia as vítimas da existência de uma suposta mina de ouro que foi explorada há muito tempo e cujos valores oriundos das comissões para a revenda - feita nos Estados Unidos e Europa - estariam sendo repatriados e cedidos, vendidos ou até mesmo doados a terceiros, mediante pagamentos.