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Cotidiano Segunda-feira, 19 de Fevereiro de 2018, 17:30 - A | A

Segunda-feira, 19 de Fevereiro de 2018, 17h:30 - A | A

25 mil vítimas

Investigados na operação Ouro de Ofir são soltos com habeas corpus

Celso Éder Gonzaga Araújo e Anderson Flores de Araújo serão obrigados a usar tornozeleiras

Flávio Brito
Capital News

A desembargadora Tânia Garcia de Freitas Borges concedeu habeas corpus a Celso Éder Gonzaga Araújo e Anderson Flores de Araújo, presos durante a Operação Ouro de Ofir, deflagrada pela Polícia Federal (PF).

Arquivo Revista AL.SO

Celso Éder Gonzaga de Araújo

Celso Éder Gonzaga de Araújo está solto pela Desembargadora

Eles já foram soltos e serão monitorados por tornozeleira eletrônica. A decisão foi publicada durante durante o plantão judicial, no sábado (17) e foi divulgada nesta segunda-feira (19) pela imprensa. 

 

A organização criminosa investigada pela operação Ouro de Ofir, deflagrada pela PFl e pela Receita Federal no dia 21 de novembro de 2017, “cometeu um ataque ao sistema financeira nacional”. Desde então, Eder e Anderson estão presos e haviam tentando a liberdade, mas os pedidos foram negados.

 

Os investigadores estimam que 25 mil pessoas tenham sido lesadas no golpe que prometia rendimento milionário para quem investisse em uma antiga mina de ouro explorada na época do Império e que ficaria no Estado da Bahia. 

 

As vítimas estão espalhadas por “todos os Estados brasileiros, do Acre ao Rio Grande do Norte, de Rondônia ao Rio Grande do Sul”, afirmou o delegado da Polícia Federal, Guilherme Faria. O golpe é milionário, considerando que a conta mínima para se investir no golpe era de R$ 1 mil.

 

Aproximadamente 70 policiais federais, servidores da Receita Federal e Policiais Militares trabalharam para o cumprimento de 11 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão temporária e quatro mandados de condução coercitiva, na Capital e em Terenos (MS), além de Goiânia (GO) e Brasília (DF). Ao todo, quatro pessoas foram presas durante a operação. 

 

Os investidores eram induzidos a depositar quantias para ter uma lucratividade de mais de 1.000%. Também eram falsificados documentos de instituições públicas federais na tentativa de oferecer credibilidade ao que era repassado às vítimas.

 

A organização criminosa convencia as vítimas da existência de uma suposta mina de ouro que foi explorada há muito tempo e cujos valores oriundos das comissões para a revenda - feita nos Estados Unidos e Europa -  estariam sendo repatriados e cedidos, vendidos ou até mesmo doados a terceiros, mediante pagamentos.

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