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Cotidiano Terça-feira, 17 de Janeiro de 2023, 15:08 - A | A

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GREVE

“Chega a ser constrangedor”, diz motorista de aplicativo sobre valor de corridas em dia de greve

Com possibilidade de greve, usuários já começam a traçar estratégias para se deslocar nesta quarta

Vivianne Nunes
Capital News

Deurico/Capital News

Foto ilustrativa de trânsito, Uber, IPVA, pedestre, centro, transporte

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“Não estou sabendo de nada não. Vão parar?”. O motorista de aplicativo que atua há mais de três anos na Capital, Jorge Gonçalves, 54 anos, lembra que a última paralisação gerou corridas com preços exorbitantes. “Chega a ser constrangedor”, afirmou em entrevista ao Capital News, lembrando que no ano passado, as corridas ultrapassaram o limite do bom senso.

“Uma corrida que chegava a custar R$ 10, passou a R$ 45, teve gente pagando R$ 70 para trabalhar, até eu fiquei com vergonha de cobrar”

 

“Uma corrida que chegava a custar R$ 10, passou a R$ 45, teve gente pagando R$ 70 para trabalhar, até eu fiquei com vergonha de cobrar”, afirmou o motorista. 

 

Já a gerente de RH, Lamis Kabad, que chega a gerenciar cerca de 250 colaboradores, diz que uma opção é aderir a carona amiga. “Ainda não estava sabendo sobre a possibilidade de parar, mas sempre trabalhamos normal. Seja com greve, com Covid, a gente dá um jeito né”, lembrou.

 

Para ela, a carona amiga é uma boa alternativa e cada pessoa que já tem carro se disponibiliza a buscar quem não tem. “Também remanejamos os gestores para buscar em casa, afinal, não temos como trabalhar home office”, informou. 

 

O anúncio da paralisação do transporte coletivo urbano em Campo Grande foi feito na manhã desta terça-feira (17) pelo presidente do STTCU (Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano), Demétrio Freitas. 

 

Segundo ele, a categoria tem reivindicado, desde o ano passado, o reajuste salarial de 16%, mas os representantes foram chamados nesta terça-feira pelo Consórcio Guaicurus e informados de que não haveria condições para conceder o aumento. 

 

Questionado sobre a necessidade de se fazer uma assembleia antes de dar início a qualquer paralisação, o sindicalista foi enfático. “Eu sei que tem que fazer assembleia, mas nós não podemos esperar mais tempo. Vamos fazer essa paralisação e o que tiver que responder na justiça o sindicato vai responder”, respondeu. 

 

 A redação do Capital News tentou entrar em contato com representantes do Consórcio Guaicurus mas não obteve sucesso nas ligações.

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