Deurico/Arquivo Capital News
Tânia Borges já havia sido afastada pelo CNJ, acusada de usar da estrutura do Judiciário estadual para acelerar a soltura do filho
A desembargadora do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), Tânia Borges, afastada em outubro pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) após ser acusada de uso de influência para liberação do filho preso por tráfico de drogas, deve responder por mais um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), desta vez sob denúncia de corrupção.
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De acordo com a nova denúncia, de autoria do corregedor nacional de Justiça, ministro Humberto Martins, foram verificados indícios da prática de advocacia administrativa, corrupção passiva e ativa praticados pela magistrada, após constatação de troca de mensagens entre ela e um policial militar preso.
Em razão da apreensão do telefone celular do investigado, foram verificadas supostas trocas de mensagens entre o policial militar e a desembargadora, havendo insinuação, inclusive, de que outros desembargadores integrantes da mesma Câmara do tribunal participavam ou, ao menos, sabiam de um esquema de corrupção relacionado ao julgamento de um determinado processo. A magistrada é investigada por suposta influência e interferência no julgamento de um agravo de instrumento no âmbito do TJMS.
Com a decisão, o ministro Humberto Martins reiterou a necessidade do afastamento da desembargadora, por colocar “em sério risco a integral apuração dos fatos, bem como a dignidade, a legitimidade e a credibilidade do Poder Judiciário”.