Campo Grande 00:00:00 Sexta-feira, 22 de Novembro de 2024



Nacional Quarta-feira, 21 de Dezembro de 2022, 08:54 - A | A

Quarta-feira, 21 de Dezembro de 2022, 08h:54 - A | A

Orçamento 2023

PEC da Transição passa em primeiro turno na Câmara dos Deputados

Futuro Governo comemora 331 votos favoráveis, 23 a mais que o mínimo necessário

Rogério Vidmantas
Capital News

Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Câmara Deputados

Margem de aprovação do primeiro turno encaminha PEC da Transição

O futuro Governo Lula teve uma primeira vitória na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (20) com a aprovação, em primeiro turno, da chamada PEC da Transição. Foram 331 votos favoráveis, uma margem segura em relação ao número mínimo de 308 votos necessários, contra 168 contrários. A votação em segundo turno deve acontecer nesta quarta (21), na sessão que começa às 9h (MS).

 

A matéria visa a garantir recursos para programas sociais no Orçamento da União de 2023, como a continuidade do pagamento do Auxílio Brasil de R$ 600, que voltará a ser chamado de Bolsa Família, e o aumento real do salário mínimo a partir de janeiro. Além de destinar recursos para programas nas áreas de Educação, Saúde e Habitação.

 

Segundo a proposta, o novo governo terá R$ 145 bilhões para além do teto, dos quais R$ 70 bilhões serão para custear o benefício social de R$ 600 reais com um adicional de R$ 150 por criança de até 6 anos. A PEC também abre espaço fiscal para outros R$ 23 bilhões em investimentos pelo prazo de dois anos e não por quatro anos, como queria a equipe de transição.

 

Após acordo entre líderes partidários e interlocutores do governo eleito, a proposta do relator, deputado Elmar Nascimento (União Brasil-BA), deixou esses valores de fora do teto por um ano. Inicialmente, o texto aprovado no Senado previa a duração de dois anos. 

 

Os outros R$ 75 bilhões podem ser destinados para as despesas como políticas de saúde (R$ 16,6 bilhões), entre elas o programa Farmácia Popular e o aumento real do salário mínimo (R$ 6,8 bilhões). Por tratar-se de emenda supressiva (retirada de trecho da PEC), a redução do período de vigência de dois anos para um ano não precisa ser votada novamente pelos senadores.

 

Na avaliação do relator, o teto de gastos acabou por comprimir o espaço para investimentos públicos e a medida vai “recuperar a capacidade de investimento estatal, de modo a viabilizar uma infraestrutura nacional minimamente apta a dar condições para uma recuperação econômica mais célere”. A matéria aprovada pelos deputados retirou da PEC um trecho que permitiria que doações de organismos internacionais fossem excluídas do teto de gastos.

Comente esta notícia


Reportagem Especial LEIA MAIS