O segundo ano de pandemia do Covid-19 representou perdas no País inteiro. Claro que as vidas que foram perdidas na batalha contra o coronavírus não têm preço, mas a economia brasileira, como um todo, também sofreu muito e ainda sofre os reflexos dessa situação sanitária.
No dia 18 de janeiro foi divulgado no Rio de Janeiro, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o dado da Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, que apontava o percentual de famílias endividadas (com dívidas em atraso ou não) no país chegando a 66,5% naquele mês, ficando acima das taxas de dezembro de 2020 (66,3%) e de janeiro daquele ano (65,3%).
Na época, a economista responsável pela pesquisa, Izis Ferreira, lembrou que com o fim do auxílio emergencial e o atraso no calendário de vacinação, as famílias de menor renda precisariam adotar maior rigor na organização do orçamento. “É preciso seguir ampliando o acesso aos recursos com custos mais baixos, mas também alongar os prazos de pagamento das dívidas para manter a inadimplência sob controle”, afirmou.
Naquele mês, o percentual de dívidas com cartão de crédito entre o total de endividados chegou a 80,5%, subindo para um patamar histórico. De acordo com a Agência Brasil, em janeiro do ano anterior, 2020, a taxa era de 79,8%. Outros principais motivos para dívidas em janeiro de 2021 foram: carnês (16,8%), financiamento de carro (9,9%) e crédito pessoal (8,4%). O tempo médio com pagamento em atraso chegou a 63,3 dias e o tempo médio de comprometimento com dívidas ficou em 6,9 meses.
Alta nos combustíveis
Outras situações comprometeram o orçamento familiar e a alta no preço do combustível também foi destaque nos cadernos de economia do País.
Em março, a Petrobras chegou a anunciar que o preço médio da gasolina em suas refinarias teria redução de R$ 0,14 por litro, o que representa uma queda de 4,95%. O preço médio do combustível ficaria em R$ 2,69 por litro. O diesel não sofreria alteração, permanecendo em R$ 2,86 por litro.
O impacto do reajuste nas refinarias, no então, não repercutiu no custo da gasolina nos postos de combustível. De acordo com nota divulgada pela estatal, as variações para mais ou para menos estão associadas ao mercado internacional e à taxa de câmbio e têm influência limitada sobre o valor repassado aos consumidores finais.
Esta foi a primeira redução anunciada em 2021. Desde janeiro, o preço médio da gasolina já havia sofrido seis aumentos. Com o novo anúncio, o combustível passou a acumular alta de R$ 46,2% desde o início do ano. Já o diesel subiu 41,6%.
Ainda no mês de março, reportagem de Laryssa Maier, indicava que o consumidor afetado pelo preço da gasolina também teria dificuldades para recorrer ao substituto, etano, nos veículos com motor flex. Isso porque motivado por uma combinação de entressafra e aumento de demanda, o preço do etanol hidratado acumulava aumento de 21,1% desde janeiro, segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP).
O preço médio do litro do combustível saltou de R$ 3,221 para R$ 3,901, conforme o levantamento semanal da ANP. Apesar de ser mais cara que o etanol, a gasolina comum subiu menos: 14,6% de janeiro a março. O preço médio do litro da gasolina no país passou de R$ 4,622 para R$ 5,299.
Mato Grosso do Sul
Apesar da alta, levantamento da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) divulgado também no mês de março, apontava que Mato Grosso do Sul está entre os estados que praticam a menor carga tributária de combustíveis no país. Estado registrou a menor alíquota de ICMS sobre o diesel (12%) e a quarta menor sobre o etanol hidratado (20%).
A alíquota vigente em Mato Grosso do Sul era de 20%, mesma utilizada no estado da Bahia; atrás apenas das praticadas nos estados do Paraná (18%), Minas Gerais (16%) e em São Paulo (13,3%). Em relação ao diesel, Mato Grosso do Sul registra a menor cobrança do Brasil com 12%. A mesma alíquota é aplicada nos estados do Espírito Santo, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
De acordo com a reportagem da época, entre 2015 e 2019 o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), realizou ajustes fiscais na cobrança do ICMS dos combustíveis que diversificaram a matriz econômica do Estado e abriram mercado para o etanol. A partir do aval da Assembleia Legislativa, o ICMS do diesel foi reduzido de 17% para 12% e do álcool carburante de 25% para 20% e da gasolina automotiva de 25% para 30%. Os ajustes em relação à cobrança do ICMS geraram maior competitividade ao etanol produzido em MS. Mesmo com a pandemia de coronavírus, o Estado aumentou o uso do combustível no ano passado.
Em abril de 2021, o Mato Grosso do Sul registrava o 5º maior crescimento na participação do PIB da indústria. Dados da Sondagem Industrial revelavam que entre os dias 5 e 15 de abril pela Coordenação da Unidade de Pesquisa da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul (FIEMS), apontavam a estabilidade do setor industrial do Estado, mesmo em meio à crise econômica gerada pela pandemia da Covid-19.
De acordo com o economista coordenador do setor, Ezequiel Resende Martins, a sondagem referente a março de 2021 demonstrou um crescimento de 28% na produção das empresas, o que corresponde a um aumento em 10 pontos percentuais em relação ao levantamento realizado no mesmo período em 2020.
Para ele, a capacidade instalada da indústria em MS já era a maior dos últimos sete anos para um mês de março. “A capacidade instalada ficou igual ou acima do usual para o mês de março na avaliação de 69% dos empresários que responderam à pesquisa. O resultado está em 25 pontos percentuais acima do verificado para o mesmo mês de 2020”, explicou via assessoria.
Indústria
Dados da Sondagem Industrial realizado entre os dias 5 a 15 de abril, pela Coordenação da Unidade de Pesquisa da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul (FIEMS), apontam a estabilidade do setor industrial de do estado, mesmo em meio à crise econômica gerada pela pandemia da Covid-19.
No mês seguinte, o principal problema das indústrias para o segundo trimestre de 2021 ainda era a falta e o alto custo das matérias-primas. De acordo com a pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), os efeitos da pandemia de covid-19 impactavam a oferta de insumos para o setor. O problema, na época, chegou a ser mencionado por 68,3% das indústrias pesquisadas.
Em seguida, a elevada carga tributária (34,9%) e a taxa de câmbio (23,2%) apareciam entre os principais entraves enfrentados pelo setor no país.
A Sondagem Industrial também mostrava aumento nos preços das matérias-primas, mesmo que em um ritmo mais lento. O índice caiu no trimestre, mas permaneceu acima da linha de 50 pontos e se esteve entre os maiores da série com 74,1 pontos. Indicadores abaixo de 50 pontos mostram preços abaixo do planejado.
Vendas
Já no fim do ano de 2021, no mês de outubro, Mato Grosso do Sul era destaque com aumento de 5,9% nas vendas de varejo. A reportagem de Marina Romualdo trazia a informação de que no Estado, durante a pandemia do Novo Coronavírus, o aumento foi constatado e o Estado já estava entre os três que conseguiram ter saldo positivo nesta avaliação.
Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referente ao mês de agosto. A média nacional, inclusive, era de queda de 4,1%.
Já em relação ao comércio varejista, que incluía as atividades de veículos, motos, peças e material de construção, o saldo positivo de MS era de 15,9% em relação a agosto de 2020. Nesta avaliação a média do Brasil ficou igual ao mesmo período do ano anterior, sem perdas ou aumento nas vendas.
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