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2021 Sábado, 01 de Janeiro de 2022, 11:40 - A | A

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Retrospectiva 2021

Fahd Jamil em prisão domiciliar e estupro de criança indígena foram destaques do caderno de polícia

Idoso e doente, Rei da Fronteira ganha direito de permanecer preso em sua residência

Viviane Santos
Especial para o Capital News

RETROSPECTIVA 2021

Reprodução

Fahd Jamil

Fahd Jamil

Fahd Jamil Georges, 79 anos, se entregou a polícia no aeroporto Santa Maria, em Campo Grande, no dia 19 de Abril de 2021, dando continuidade a uma história digna de roteiro de filme e, mais uma vez, marcando o ano nos principais cadernos de polícia da imprensa sul-mato-grossense.

De acordo com a publicação da época do site Capital News, redigida pela jornalista Elaine Silva, o motivo de ter se entregado foi a saúde debilitada. Com diabetes e enfisema pulmonar, Fahd também apresentava dificuldade ao caminhar. 

Em uma carta divulgada pelos advogados, na época, Fahd relatava não ter antecedentes criminais, disse estar doente e sob perseguição de criminosos. Disse ainda que sempre colaborou com o equilíbrio da segurança na fronteira. "Sou um homem idoso, doente e sob perseguição de criminosos".


Fahd Jamil é figura histórica na região da fronteira sul-mato-grossense e responde a processos por tráfico de armas, organização criminosa, corrupção de agente da Polícia Federal e corrupção contra agente de delegado, no caso de Márcio Oshiro Obara.  

Após se entregar, ele foi encaminhado para a Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestro (Garras), onde prestou depoimento acompanhado do seu advogado, Gustavo Badaró. O advogado André Borges também defende o empresário.

O Rei da Fronteira, como ficou conhecido, teve sua prisão domiciliar concedida no dia 4 de junho sob o pagamento de uma fiança de 900 salários mínimos, que equivale a  R$ 990 mil, além do uso da tornozeleira eletrônica e outras medidas. 

A decisão foi do juiz Roberto Ferreira Filho, titular da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, após perícia médica oficial indicar que o preso não tinha condições de saúde para ficar em cela prisional.

Entre as medidas impostas a Fahd a entregar do passaporte. Ele também foi proibido de ter contato com outros réus da Omertá, não podendo receber visitas não autorizadas e devendo permanecer em Campo Grande.

Dourados News

Confirmado: Indígena de 11 anos morta em pedreira foi estuprada

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Barbárie

Outro caso de polícia que marcou o ano de 2021 foi a morte da indígena Raíssa da Silva Cabreira, de apenas onze anos, após ter sido estuprada por cinco pessoas, incluindo seu tio.

Além de violentada, a criança da etnia Kaiowá, foi arremessada ainda com vida de um penhasco, conforme apontou a perícia na época. O caso ocorreu no dia 9 de agosto na aldeia indígena Bororó, em Dourados, e causou comoção geral. 

De acordo com as investigações, o tio de Raíssa, de 34 anos, viu o momento em que a jovem era abusada por quatro pessoas, incluindo três adolescentes e um jovem de 20 anos e se juntou a eles.  

Segundo reportagem da jornalista Elaine Silva, publicada um dia após o crime, o tio da menina também foi acusado de abusar dela desde os cinco anos. Ele chegou a comparecer na delegacia fingindo se preocupar com o caso, mas a polícia acabou descobrindo sua participação no crime.

De acordo com a Polícia Civil, os suspeitos combinaram de levar a adolescente para o local dos fatos já com o intuito de cometer a violência sexual. Os dois adolescentes arrastaram a vítima de sua residência, onde ela fazia uso de bebida alcoólica com eles e a levaram para próximo do penhasco.

No local eles a obrigaram a ingerir pinga pura e abusaram dela por diversas vezes. Segundo eles, a todo o momento a vítima gritava e pedia socorro e acabou desmaiando. Quando a vítima começou a recobrar a consciência, voltou a pedir socorro e disse que ia denunciar os autores e por isso eles decidiram jogá-la do penhasco. 

Na época, todos os suspeitos confessaram o crime, foram presos e apreendidos pelos crimes de homicídio qualificado, feminicídio e estupro de vulnerável.

No dia 13 de agosto, o tio de Raíssa, preso na Penitenciária Estadual de Dourados, foi encontrado morto em sua cela.

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