A Copa do Mundo no Catar foi o centro das atenções esportivas de 2022. Foram muitas as novidades trazidas nessa edição, das quais, o calendário foi o primeiro.
Tradicionalmente o maior evento de futebol do planeta acontece em meados de julho, e desta vez foi empurrado para o fim de novembro e início de dezembro, quando o clima desértico catari se torna mais ameno.
A mudança causou muitas críticas e transtornos, já que foi necessário alterar todos os calendários de campeonatos nacionais, em especial nos países europeus.
O VAR (Video Assistant Referee), que estreou na Copa em 2018, agora chega ao Catar mais robusto e lapidado. Aprimorado nos últimos quatro anos, nessa edição a novidade foi sua versão semi-automática, que detecta a posição exata do atleta no momento em que toca a bola, para tanto, o sistema conta com 12 câmeras instaladas no teto do estádio e um sensor localizado dentro da bola.
Do gramado para a história
Outra novidade na Copa 2022 foi a escalação de equipe de arbitragem composta por mulheres no futebol masculino. Essa é a primeira vez que a Fifa convoca mulheres para um mundial da categoria. Entre as seis convocadas esteve a brasileira Neusa Inês Back, que atuou como auxiliar. As demais são Salima Mukansanga, de Ruanda, Karen Diaz Medina (México), Yoshimi Yamashita (Japão), Stephanie Frappart (França) e Kathryn Nesbitt (Estados Unidos).
Redenção e conquista
Nessa Copa cheia de surpresas, nossa vizinha Argentina levou um belo susto na primeira rodada, quando foi derrotada pela Arábia Saudita por 2 a 1. Cabisbaixos com o resultado, alguns torcedores chegaram a pensar que foi um presságio de que novamente os hermanos não fariam um bom campeonato.
Jogo a jogo, recuperaram a confiança e numa crescente de garra despacharam todos os adversários até chegarem a grande final, disputada contra os franceses, campeões em 2018. Pela frente estava o artilheiro da Copa do Catar, Kylian Mbappé, que junto a Messi, já havia marcado cinco gols.
Em partida monumental, daquelas que poucas vezes temos o privilégio de acompanhar, os argentinos abriram dois a zero ainda no primeiro tempo, com gols de Messi, de pênalti, e Di Maria em contra-ataque veloz. Mas os deuses do futebol decidiram que o dia 18 de dezembro de 2022 seria dia de espetáculo. A França ressurgiu das cinzas no segundo tempo e Mbappé empatou a partida em dois minutos. Primeiro convertendo pênalti e em seguida, em um belo chute de primeira que Martinez não conseguiu segurar.
O silêncio tomou conta da torcida alviceleste. Os franceses aproveitaram o cansaço visível dos oponentes e iniciaram uma avalanche de ataques na tentativa da virada, que não chegou. E pela oitava vez nas Copas do Mundo, a final foi para a prorrogação. Mais 30 minutos de batalha contra o cansaço físico e mental.
Novamente ele, Messi, conseguiu empurrar a bola para dentro do gol de Hugo Lloris, após rebote do goleiro, e colocou a Argentina na frente. Mas o alívio não durou muito. E mais uma vez ele, Mbappé, como em um duelo pessoal com seu amigo e colega do Paris Saint-Germain, marcou de pênalti após toque de mão de Gonzalo Montiel, deixando tudo igual. A França ainda teve mais uma chance de sair vitoriosa em contra-ataque, mas parou na muralha Martinez, levando a decisão para as penalidades.
E foi ali, como protagonista em seu lugar preferido, que o goleiro argentino voltou a brilhar, defendendo a cobrança de Kingsley Coman e desconcentrando Aurélien Tchouaméni, que acabou chutando para fora. O golpe final ficou chegou pelos pés de Montiel, que converteu seu tento e junto de todo um país, soltou o grito entalado há 36 anos. Argentina tricampeã do mundo!
E o Brasil, hein?
Após atropelar quase todos os adversários nas eliminatórias sul-americanas com uma campanha avassaladora de 14 vitórias, três empates e nenhuma derrota (o segundo jogo entre Brasil e Argentina não ocorreu), 40 gols marcados e apenas 5 sofridos, a seleção brasileira desembarcou no Catar como uma das grandes favoritas ao título da Copa do Mundo.
Mas o futebol é mágico e trágico na mesma medida. O país do futebol começou sua campanha pelo hexa contra a Sérvia e o ataque bilionário deu sinais de que poderia ser o destaque da Copa. Com dois gols de Richarlison, um deles espetacular, a seleção passou fácil pelos sérvios.
No segundo jogo, contra a velha conhecida Suíça, o time sofreu para arrancar a vitória, que chegou com gol de Casemiro. No terceiro jogo, já classificado, o técnico Tite mandou os reservas a campo contra Camarões e o Brasil foi derrotado por 1 a zero no finalzinho. Mas tudo bem, não é? Já estavam classificados. Que viessem as oitavas de final!
Com uma vitória impactante por 4 a 1 e um show dos jogadores, a seleção despachou os sul-coreanos e a expectativa da torcida foi ao infinito e além. Para chegar ao desejado hexacampeonato só faltavam três partidas, a primeira delas contra a Croácia pelas quartas de final.
E foi aí que o futebol mostrou mais uma vez como é um esporte que pode surpreender a cada partida. Mesmo com os melhores jogadores dando tudo de si, o selecionado brasileiro não conseguiu mostrar aquele entrosamento e garra das eliminatórias e início da Copa. Em um jogo difícil e de muitos “quases” para os dois lados, a partida foi para a prorrogação e terminou empatada por 1 a 1. Nas cobranças de penalidades o Brasil não foi bem, desperdiçou dois chutes e foi eliminado pelos croatas por 4 a 2. Um triste adeus, outra vez, ao título mundial.
Twitter Oficial/FIFA
Richarlison no meio dos sérvios, pegou um lindo voleio para marcar um dos gols mais bonitos da Copa
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