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2022 Domingo, 01 de Janeiro de 2023, 11:00 - A | A

Domingo, 01 de Janeiro de 2023, 11h:00 - A | A

Retrospectiva 2022 - Nacional

Nacionalmente, Covid continuou ocupando os noticiários

Ao contrário do esperado, pandemia se manteve em 2022

Vivianne Nunes
Especial para o Capital News

RETROSPECTIVA 2022

Deurico/Arquivo Capital News

Foto ilustrativa de Finados, cemitérios, cemitério

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Em janeiro de 2022, o número de mortes por Covid-19 no Brasil já tinha alcançado a marca dos 622.205 pessoas, sendo que em 24 horas, o país havia registrado, no dia 18, 350 óbitos e outros 3.089 em investigação. Com isso, o ano iniciava com mais de 23 milhões de pessoas infectadas pela doença, com a variante Ômicron chegando a mais de mil casos. 

 

Os pesquisadores calculam que, em 2020 e 2021, a covid-19 foi responsável por quase um quinto (19%) de todas as mortes registradas no Brasil. Durante o pico da pandemia, em março de 2021, o país chegou a contabilizar quase 4 mil óbitos pela doença por dia, número que supera a média diária de mortes por todas as causas em 2019, que foi de 3,7 mil.

 

Já no mês de dezembro o total de infectados pelo novo coronavírus durante a pandemia já ultrapassava os 35.9 milhões, com um total de óbitos alcançando 691.883 na primeira quinzena do mês, desde o início da pandemia. Ainda existem 3.191 mortes em investigação. As ocorrências envolvem casos em que o paciente faleceu, mas a investigação se a causa foi covid-19 ainda demanda exames e procedimentos complementares.

 

Até agora, 34.553.532 pessoas se recuperaram da covid-19. O número corresponde a 96,2% dos infectados desde o início da pandemia.

 

Órfãos da Pandemia

Saul Schramm/Governo do Estado

Hospital UTI

Hospital UTI

Reportagem da Agência Brasil reproduzida pelo site Capital News no fim do mês de dezembro dava conta que a Covid-19 havia deixado 40 mil crianças e adolescentes órfãos de mãe no Brasil.

 

As mortes causadas pela pandemia de covid-19 deixaram 40.830 crianças e adolescentes órfãos de mãe no Brasil, segundo estudo publicado por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

 

Para os autores da pesquisa, houve atraso na adoção de medidas necessárias para o controle da doença, e isso provocou grande número de mortes evitáveis.

 

Os resultados obtidos pelos pesquisadores podem ser consultados em artigo publicado em inglês, em 19 de dezembro. As fontes de dados utilizadas foram o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), em 2020 e 2021, e o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc) entre 2003 e 2020.

 

Outra preocupação sanitária que mobilizou o Brasil em 2022 foi a chamada varíola dos macacos, a Monkeypox. Em outubro, o Ministério da Saúde chegou a ampliar as testagens para a doença e 31 laboratórios de referência estavam autorizados a fazer o diagnóstico. 

 

Antes da ampliação, os exames já eram realizados em 15 laboratórios designados pelo governo federal.

 

Agora, os testes poderão ser feitos em 31 laboratórios de referência, sendo os 27 Lacens dos estados, além dos laboratórios da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), da Fiocruz no Rio de Janeiro, da Fiocruz no Amazonas e do Instituto Evandro Chagas, sediado em Belém (PA).

 

O teste molecular para diagnóstico laboratorial deve ser realizado em todos os pacientes com suspeita da doença.

 

No início de setembro, o Ministério da Saúde incluiu a varíola dos macacos na Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o Brasil. Ou seja, todos os resultados de testes diagnósticos para detecção da monkeypox feitos por laboratórios das redes pública, privada, universitárias e quaisquer outros, sejam positivos, negativos ou inconclusivos, precisam ser notificados ao Ministério da Saúde de forma imediata, em até 24 horas.

 

A pasta informou que o teste é capaz de detectar o material genético do vírus na amostra colhida de cada indivíduo. Para isso, ela deve ser coletada, preferencialmente, a partir da secreção das lesões purulentas. Quando estas já estão secas, as crostas podem ser retiradas e encaminhadas ao laboratório.

 

Para quem testou positivo, a conduta recomendada é a manutenção do isolamento até desaparecimento das crostas e a completa cicatrização da pele, sem a necessidade de um novo teste. Para os pacientes graves, o Ministério da Saúde disponibiliza 12 tratamentos e segue em tratativas para aquisições de outros antivirais.

Rovena Rosa/Agência Brasil

Vacina da Pfizer para crianças de 6 meses deve chegar ao Brasil na próxima semana

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No início do mês de outubro o Brasil recebeu as primeiras 9,8 mil doses de imunizantes contra a doença. As vacinas Jynneos/Imvanex foram adquiridas pelo Ministério da Saúde por meio do fundo rotatório da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) para a realização de estudos de efetividade. O quantitativo total que será adquirido pela pasta é de 49 mil doses que serão recebidas em mais duas remessas.

 

Os sintomas mais comuns da varíola dos macacos são erupção cutânea ou lesões espalhadas pela pele; adenomegalia/linfonodos inchados, também conhecidos como ínguas; dor de cabeça; calafrios e fraqueza.

 

Brasil recebe ucranianos em acolhida humanitária

Bartosz Siedlik/CE

PF: Brasil já recebeu 894 ucranianos desde a invasão russa no país

Refugiados ucranianos cruzando a fronteira polonesa

Com o início dos conflitos armados entre Rússia e Ucrânia, o Brasil resolveu abrir as portas para a acolhida humanitária e no mês de fevereiro, um grupo de 47 pessoas que estava na Polônia chegou ao Brasil.  O Ministério das Relações Exteriores (MRE) informou que eles foram apoiados pela força-tarefa da Embaixada do Brasil em Varsóvia.

Serviço Estadual de Guarda de Fronteiras da Ucrânia

Ucrânia rejeita ultimato russo e Mariupol não se rende

Mariupol

 

A embaixada providenciou os documentos de viagem e notas dirigidas às autoridades migratórias, sanitárias e aeroportuárias polonesas.

 

Os ucranianos também tiveram apoio do Consulado-Geral em Frankfurt, onde foi realizada conexão de voo. Eles desembarcaram no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

 

Portaria do MRE e do Ministério da Justiça e Segurança Pública garantiu visto temporário e autorização de residência para acolhida humanitária de ucranianos que tenham sido afetados ou deslocados pela guerra na Ucrânia.

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