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Política Quinta-feira, 27 de Janeiro de 2022, 09:14 - A | A

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Desinvestimento

Petrobras mantém UFN3 em plano de venda neste ano

Empresa trabalha em negociação para que a venda da fábrica tenha um desfecho

Elaine Silva
Capital News

Arquivo/Portal MS

Petrobras mantém UFN3 em plano de venda neste ano

Reunião aconteceu nesta quarta-feira no Rio de Janeiro

Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN3) continua nos planos de desinvestimento da Petrobras neste ano, segundo a  afirmação foi feita nesta quarta-feira (26) pelo presidente da Petrobras, General Joaquim Silva e Luna ao governador Reinaldo Azambuja (PSDB), em reunião na sede da empresa no Rio de Janeiro.

 

Participaram do encontro o secretário de Obras e Infraestrutura Eduardo Riedel e o secretário da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Produção, Desenvolvimento Econômico e Agricultura Familiar) Jaime Verruck. 

Arquivo/Portal MS

Petrobras mantém UFN3 em plano de venda neste ano

Presidente da Petrobras e Reinaldo Azambuja

 

A empresa trabalha para que a negociação para a venda da fábrica de Três Lagoas tenha um desfecho. "Apresentamos a importância deste empreendimento tanto para recuperação da economia no município como da autossuficiência que a fábrica poderá trazer em fertilizantes dado que MS é um estado altamente dependente do insumo. Ele nos adiantou que a empresa trabalha para trazer novidades importantes sobre a negociação da fábrica", salientou Reinaldo. 

 

O megaempreendimento avaliado em mais de R$ 3 bilhões foi paralisado em dezembro de 2014 e desde então a Petrobras busca vender o ativo. A solução para a UFN3 com a retomada da obra e sua conclusão é um ponto de honra e de importância estratégica para o Estado.  

 

Retomada, a UFN3 vai contribuir para redução da importação de fertilizantes. Atualmente, em média, cerca de 85% dos fertilizantes usados no Brasil são importados, segundo o governo do Estado. A meta do governo federal é reduzir a importação em torno de 60% do insumo.

Divulgação/Assessoria

Prefeito aguarda resposta oficial sobre data de entrega da UFN3

UFN3

Entenda a história da UFN3

A fábrica de fertilizantes tinha gerado a expectativa de transformar o Estado no maior produtor de insumos nitrogenados para atender a agropecuária do País. Mas, após anos parada começou a gerar temor, ainda mais com a  desistência dos russos que estavam em fase final de negociação. A UFN3 é uma unidade industrial de fertilizantes nitrogenados localizada em Três Lagoas, que teve início das obras em setembro de 2011, sendo interrompida em dezembro de 2014, com avanço físico de cerca de 81%. Após concluída, a unidade terá capacidade projetada de produção de ureia e amônia de 3.600 t/dia e 2.200 t/dia, respectivamente.

 

Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina (DEM), recebeu do vice-presidente da empresa russa Acron - produtora global de fertilizantes minerais complexos - Vladimir Kantor, a garantia de aumento de ao menos 10% das exportações de fertilizantes para o Brasil. Durante a reunião, também foi discutido o interesse da Acron na aquisição dos ativos da Petrobras da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN-3), em Três Lagoas.

 

O projeto da Petrobras, concebido para garantir ao Brasil a autonomia na produção de fertilizantes nitrogenados, foi interrompido em dezembro de 2014, quando 83% das obras já haviam sido concluídas, por ilegalidades apontadas pela Operação Lava Jato. 

 

Em 2019, a Petrobras anunciou que não pretendia mais atuar no negócio de fertilizantes e que venderia os ativos da UFN-3. Começou então a negociação da planta industrial com o grupo russo Acron pretendia comprar a fábrica por quase R$ 8 bilhões, tendo como sócia, a estatal boliviana YPFB, que ficaria com 12% das ações da UFN-3 e ainda seria a fornecedora de gás natural para a planta industrial.  Mas a instabilidade política no país vizinho fez a russa Acron, que já contava inclusive com a garantia de incentivos fiscais, desistir do negócio.

 

Tereza Cristina reuniu-se ainda com outros empresários do setor de fertilizantes. Do CEO da PhosAgro, Andrei Guryev, ouviu a promessa de que o Brasil pode contar com a parceria da empresa russa para garantir o fornecimento de fertilizantes. Do CEO da EuroChem, Andrei Guryev, ouviu os planos de investimentos da empresa para aumentar a produção do insumo no Brasil.

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