Marquinhos Trad (PSD), teve um pedido de habeas corpus negado e isso o obriga a depor no inquérito em que é investigado abusos sexuais, na Delegacia da Mulher, nesta sexta-feira (23), em Campo Grande.
O depoimento dele estava marcado para o dia 21 de setembro, mas ele não compareceu. Ele foi intimado novamente e a oitiva ficou agendada para a manhã desta sexta-feira.
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Segundo agenda divulgada pela assessoria, Marquinhos estará no interior do estado fazendo campanha eleitoral nesta sexta-feira.
O ex-prefeito acionou a Justiça Eleitoral, com o pedido para depor somente após as eleições alegando que o caso estaria sendo explorado negativamente contra ele, tanto por meio da Polícia Civil, com vazamento de informações, quanto pela imprensa, e isso fere o equilíbrio eleitoral.
No entanto, o juiz Wagner Mansur Saad, do TRE-MS, entendeu que o pedido de habeas corpus não é passível de análise na Corte, já que não tem relação direta com as eleições ou a candidatura dele. A decisão de Wagner foi registrada no sistema do Tribunal na noite desta quinta-feira (22), por volta das 19h30.
Relembre o caso
Marquinhos Trad, e outras quatro pessoas, são investigados por assédio sexual, importunação sexual, estupro na forma tentada e favorecimento a prostituição após um inquerito ser aberto para apurar denuncias contra ele. Inicialmente eram quatro mulheres denunciando.
O inquérito também apura se essas mulheres teriam ganho vantagens em troca desses encontros que segundo denúncias aconteceram no gabinete do então prefeito. Outras pessoas também estão sendo investigadas em possível esquema.
A. Ramos/Capital News
No dia 9 de agosto mandados de busca e apreensão foram cumpridos na prefeitura de Campo Grande
No último dia 9 de agosto mandados de busca e apreensão foram cumpridos na prefeitura de Campo Grande e dois computadores foram levados para perícia. O gabinete da prefeitura também passou por perícia.
Uma decisão publicada no Diário Oficial da Justiça no dia 05 de setembro arquivou seis denúncias contra o ex-prefeito de Campo Grande no inquérito O arquivamento parcial se dá porque os supostos crimes prescreveram antes que houvesse representação legal.
As advogadas de Marquinhos Rejane Alves de Arruda e Andrea Flores reuniram a imprensa no dia 9 de setembro e disseram que fizeram um requerimento de instauração de inquérito contra o diretor-presidente da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos (AGEMS) Carlos Alberto Assis, que é apontado por elas como suposto responsável de cooptar falsas denunciantes.