O homem de 25 anos preso em Campo Grande na tarde de ontem, acusado pela morte da enteada, uma menina de apenas dois anos, era o responsável por cuidar das crianças enquanto a mãe trabalhava fora. A informação foi repassada na manhã desta sexta-feira (27) pela delegada de Proteção a Criança e ao Adolescente, Anne Karine Sanches Trevisan Duarte, durante coletiva de imprensa.
A menina de 2 anos e sete meses já havia sido atendida mais de 30 vezes na Unidade de Pronto Atendimento Médico (UPA) e, em um dos casos, segundo a delegada, chegou a apresentar fraturas na tíbia.
Na tarde de ontem, a mãe, deu entrada na unidade com a criança que apresentava sinais de agressão e abuso sexual, no entanto ela já estava morta quando chegou à unidade. A mulher e o padrasto foram presos em flagrante pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil e estupro de vulnerável.
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Ainda não há informações pontuais sobre o que teria causado a morte da criança, mas a delegada afirma que ela apresentava a barriga inchada, lesões nas costas e no corpo, o que pode ser sinal de hemorragia interna. As autoridades ainda aguardam o laudo necroscópico para confirmar o estupro. Em depoimento, a mãe disse que não denunciou o companheiro porque ele a ameaçava de tirar a guarda do filho caçula, um bebê de oito meses.
Conforme relatos da própria mãe à polícia, a filha menor também era agredida pelo autor como forma de “correção”. A polícia agora investiga se o autor também cometia os atos violentos contra as demais crianças.
O homem já tem antecedentes criminais, como violência doméstica contra a ex-mulher, com quem tem uma filha. A mãe tem duas passagens pela polícia por maus-tratos, registrados pelo pai da criança que foi morta. Segundo informações policiais, a mãe só demonstrou preocupação quando soube que a polícia iria intervir, e o padrasto se reservou ao direito de manter-se calado durante o depoimento.
O caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA).