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Polícia Segunda-feira, 06 de Fevereiro de 2023, 13:31 - A | A

Segunda-feira, 06 de Fevereiro de 2023, 13h:31 - A | A

Caso Sophia

“Jamais esperava isso da minha própria filha” disse a avó de Sophia, morta pela mãe e padrasto

Ainda estarrecida com a morte da neta, Dalziene pede justiça

Livia Bezerra
Capital News

Acervo pessoal

“Jamais esperava isso da minha própria filha” disse a avó de Sophia, morta pela mãe e padrasto

Avó Dalziene de Jesus com a neta Sophia

“Estou tão estarrecida como todo mundo, jamais esperava isso da minha própria filha”

“Estou tão estarrecida como todo mundo, jamais esperava isso da minha própria filha”. Essas são as primeiras palavras da avó materna de Sophia, que foi morta aos dois anos de idade, vítima de estupro e maus tratos.

 

Sophia deu entrada já sem vida à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no dia 26 de janeiro, e desde então o caso vem sendo investigado pela Polícia. O laudo necroscópico aponta que a criança morreu por raquitraumatismo, e havia sido estuprada recentemente. 

 

Em entrevista ao Capital News na manhã desta segunda-feira (06), a mãe de Stephanie disse que Sophia sempre foi muito bem tratada e criada como “princesinha” antes da filha conhecer Cristian Campocano, padrasto que matou a enteada.

 

Existe uma cronologia antes e depois de Christian, conta Dalziene. Ela lembra que antes a filha teve um namorado, no qual era apaixonado por Sophia. Depois disso, quando conheceu o autor dos crimes, tudo mudou. Stephanie afastou-se de todos os amigos e familiares, inclusive proibiu a própria mãe de visitar sua casa.

“O máximo que eu podia chegar era na calçada da casa dela"

 

“O máximo que eu podia chegar era na calçada da casa dela", afirma. As duas, mãe e filha, tiveram muitos atritos depois que Dalziene ajudou o pai de Sophia a denunciar os maus tratos, além da situação insalubre da casa, que sempre era motivo de discussão entre elas.

 

Stephanie decidiu mudar de residência junto com o namorado em meados de junho/julho do ano passado, e desde então proibiu a própria mãe de visitá-la. Professora e manicure nas horas vagas, Dalziene conta que visitava a neta escondida na casa da avó paterna, pois era próximo de seu local de trabalho. Ela conta que sempre aproveitava o máximo possível com Sophia, que era muito carinhosa e adorava, inclusive, pegar batom de sua bolsa quando a via.

 

Por Stephanie estar grávida e Dalziene ser proibida de entrar na casa da filha, as duas se afastaram bastante, a professora continuou distante para evitar brigas e preservar a saúde da neta Estela, que estava para nascer.

 

No dia da morte da menina Sophia, a mãe Stephanie arquitetou algumas mensagens para a avó, dizendo que a criança estava passando mal, com o intuito de enganá-la, pois ela já estava morta. Dalziene transferiu um pix de R$ 10,00 para a filha pagar o uber e combinou que as duas se encontrassem na UPA.

 

Ao chegar na UPA, a avó foi chamada pela médica, que contou que a neta estava morta, enquanto Stephanie já estava sendo presa pela Polícia. “Eu não estava acreditando que estava vendo minha neta morta", afirma a professora, que foi quem avisou aos familiares sobre a morte de Sophia.

 

Dalziene de Jesus, 48 anos, pede por justiça. “Foi a escolha que ela (Stephanie) fez para a vida dela”, afirma.

Reprodução/Redes sociais

Menina Sophia  foi estuprada, aponta lauda da necropsia

Stephanie de Jesus Dada Silva, Sophia de Jesus Ocampo e Christian Campocano Leitheim

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