Livia Bezerra/Capital News
Coletiva realizada na Delegacia-Geral da Polícia Civil nesta segunda-feira
Em conversa pelo aplicativo de mensagens do celular, Stephanie de Jesus Da Silva, 24 anos, e Christian Campocano Leitheim, 25 anos, mãe e padrasto da menima Sophia, morta aos dois anos vítima de estupro e maus tratos, tramavam qual seria a desculpa apresentada a polícia, já que a mãe da criança levou a menina já sem vida a Unidade de Pronto Atendimento Médico.
A informação foi divulgada há pouco durante entrevista coletiva na Delegacia Geral de Polícia Civil e acompanhada pelo Delegado Geral, Roberto Gurgel Ferreira Filho, pela delegada titular da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente, Anne Karine Sanches Trevizan, entre outras autoridades. Conforme a delegada, a polícia apreendeu os telefones após a prisão em flagrante de ambos.
De acordo com o delegado Geral, Roberto Gurgel, em janeiro do ano passado o pai da menina teria registrado o primeiro boletim de ocorrência pedindo a apuração de um crime de maus tratos. Depois disso, outro boletim foi registrado, até que o terceiro e último foi a morte da criança.
A delegada Anne diz que o inquérito foi concluído na última sexta-feira (3), confirmando que a criança teria morrido entre as 9h e às 10h do dia 26, no entanto, a mãe só teria dado entrado na Unidade quase quatro horas depois.
Ainda na Unidade de Atendimento, a mãe teria demonstrado frieza, até o momento em que a polícia chegou. Quando os policiais foram até a casa da família, o padrasto já estava aguardando a polícia. No entanto, na delegacia, permaneceu em silêncio por todo o tempo. Stephanie chegou a dizer na unidade de saúde, que a menina já vinha passando mal desde a noite anterior por havia “comido muita maionese”.
A polícia também ouviu o motorista de aplicativo que fez a corrida da casa da mãe até a unidade de atendimento médico. A testemunha teria dito que em momento algum escutou a criança chorando ou conversando dentro do carro, mas disse que avistou o padrasto na casa quando embarcou mãe e filha. Depois que o caso veio à tona por reportagens, ele disse que reconheceu rapidamente o rosto do homem que estava na casa.
De acordo com o laudo necroscópico apresentado, a criança teria morrido de raquitraumatismo, agressão à medula espinhal que pode ocasionar danos neurológicos e alterações motoras, sensitiva e autônoma. Sophia também apresentava ruptura himenal não recente. Também encontraram um material no órgão geninal da criança, que foi encaminhado ao Instituto de Análises Laboratoriais Forenses (IALF) para análise.
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A polícia também apreendeu, além dos celulares, computadores e pendrives que estavam na casa da família. O interesse é observar se há material pornográfico registrado.
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