Diversas instituições se reuniram nesta segunda-feira (17) no auditório do Bioparque Pantanal no 1° Encontro Interinstitucional sobre a criação do Centro de Atendimento Integrado em Campo Grande (CAI). O encontro definiu as tarefas de cada integrante da rede com a criação e implantação do CAI.
“A obrigação do Tribunal seria a fiscalização da aplicação do dinheiro público, mas eu vejo de uma forma diferente. Todos nós devemos ter a obrigação de fazer uma criança sorrir, fazer voltar o sorriso ao rosto de uma criança. Isso é o que mais desejo, é o projeto do Tribunal de Contas e é o projeto abraçado e capitaneado por essa grande mulher que é a desembargadora Elizabete Anache”, afirmou o presidente do TCE-MS, conselheiro Jerson Domingos.
Esse encontro é o início de parceria para a implantação de espaço que vai reunir, os principais programas e serviços voltados para atendimento integral de crianças e adolescentes vítimas e testemunhas de violência.
Na pauta do dia estão três importantes temas - A Criação do CAI; O Protocolo e o Fluxo de Atendimento Integrado; Aspectos de Ordem Metodológica da Escuta e do Depoimento Especial.
Para a Psicanalista e coordenadora do Projeto Nova, Viviane Vaz, é uma ação muito importante, possibilitando uma melhoria na comunicação entre os órgão de proteção à criança. “Hoje as crianças e adolescentes que sofrem violência ou testemunharam algum tipo de violência sofrem muito com a revitimização, ou seja tem que ficar contando sobre o que aconteceu para pessoas diferentes e cada que vez conta é um sofrimento psíquico. Também com a morosidade dos processos, muitas vezes por terem que ir em tantos lugares acabam por desistir” explicou Viviane.
Viviane, pontua que talvez seja um passo para evitar casos de negligência e lembrou do caso da menina Sophia. “Os encaminhamentos muitas vezes não acontecem com um fluxo ideal. Será possível evitar casos de negligência ou omissão como vimos acontecer nos últimos meses (ex. Caso Sophia). É um ganho em termos de comunicação melhor entres as redes, facilita muito o processo para os responsáveis, agiliza os processos que são tão delicados e constrangedores para a criança, com esse centro poderemos ter um ambiente mais acolhedor e que não cause a revitimização. Garantindo que o menor fale uma única vez sobre o seu trauma e seja ouvido de maneira humanizada” finalizou a Psicanalista.
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