O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal, levou ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) um dossiê com nomes de pessoas que seriam funcionários fantasmas na Seleta (Sociedade Caritativa e Humanitária) e na Omep (Organização Mundial Para Educação Pré-Escolar). Segundo ele, o objetivo foi de contribuir expontaneamente com as investigações da Operação Urutau.
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A Justiça deferiu pedido de busca e apreensão de investigados e decretou três prisões temporárias ontem, além de sete mandados de condução coercitiva para prestar depoimento na sede do Gaeco. Um relatório confirmou que as entidades são utilizadas para desvios de dinheiro público.
As informações são do Tribunal de Justiça de MS (TJMS), que em nota divulgou que a ação também foi feita em um dos gabinetes da Câmara Municipal, nas dependências da Seleta e da Omep, em uma creche, em uma empresa, em um instituto de formação e em uma empresa de contabilidade.
Foram constatadas diversas irregularidades nos convênios da Prefeitura com a Seleta e Omep para o desvio de verbas públicas. Conforme informações do Ministério Público Estadual (MPE), alguns indícios são o alto valor da prestação de serviços aos Ceinfs, que não correspondia ao que era prestado; a existência de funcionários “fantasmas” na Seleta; o alto padrão de vida de alguns investigados, incompatível com o salário recebido; entre outros. A ação se repetiria em administrações anteriores.
Duas das pessoas investigadas têm relação de parentesco com integrante da Câmara Municipal e eram beneficiadas com os desvios. Outras relações de parentescos foram descobertas pelo Gaeco e, em todos os casos, os fantasmas recebiam dinheiro público indevidamente. Os funcionários contratados não eram encontrados no ambiente de trabalho e havia adulteração na folha de ponto.