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Neste momento, ex-funcionários da Seleta (Sociedade Caritativa e Humanitária) e Omep (Organização Mundial Para Educação Pré-Escolar) protestam na Praça Ary Coelho por direitos trabalhahistas, após decisão judicial que determinou a demissão de mais de quatro mil pessoas das entidades, que prestavam serviços para a Prefeitura de Campo Grande. A medida foi tomada após investigação pelo Ministério Público Estadual de que elas sustentavam funcionários “fantasmas”.
Vestidos de preto, eles estão acompanhados por mães e outras pessoas que se sentiram prejudicadas com a paralisação dos serviços da Prefeitura, como creches e escolas. A intenção é pressionar o prefeito Alcides Bernal (PP) e as entidades. A expectativa dos trabalhadores é receber pelo menos o décimo terceiro e o pagamento do mês anterior, explica a ex-funcionária Adma Santos, que trabalhava no administrativo de um centro de convivência. “Nós só queremos uma solução e que os nossos direitos sejam respeitados. Estamos brigando pelos nossos direitos trabalhistas”, declara.
Ela explica que os ex-funcionários “estão no escuro”, já que não receberam qualquer orientação sobre a decisão judicial, ou que isto viria a ocorrer. A esperança dela, que estava há 17 anos no cargo, é que a demanda da Prefeitura seja superior ao número de pessoas concursadas que aguardam serem chamadas pelo Executivo.
Impasse
Ainda nesta manhã, o juiz David de Oliveira, responsável pela decisão que demitiu os mais de quatro mil trabalhadores, declarou que eles não serão recontratados pela Prefeitura. Em entrevista à TV Morena, David explicou que para continuar neste cargo as pessoas deveriam ter prestado concurso público, o que não ocorreu. Conforme já noticiado pelo Capital News, hoje existem mais de cinco mil concursados aprovados para as funções e que não são chamados pela Executivo Municipal.