Wendell Reis/Capital News
Gaeco cumpre mandados na manhã desta terça-feira na Seleta
O juiz David de Oliveira afirmou na manhã desta segunda-feira (19) que os mais de quatro mil trabalhadores desempregados por determinação judicial não serão recontratados para função na Prefeitura de Campo Grande. Eles foram demitidos após investigação do Ministério Público Estadual, que encontrou uma quadrilha que sustentava funcionários fantasmas na Omep e Seleta. Todavia, o juiz ponderou que o problema vai além das investigações e passa por questão contratual.
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O juiz ressaltou que para continuar neste cargo estas pessoas teriam que ter prestado concurso público, o que não ocorreu. Segundo David, hoje existem mais de cinco mil concursados aprovados para estas funções e que não são chamados pela prefeitura.
David disse que estas pessoas são vítimas e culpa o ex-prefeito Nelson Trad (PTB) e Alcides Bernal (PP) e Gilmar Olarte (PP), visto que há mais de cinco anos o Ministério Público vem solicitando preenchimento das vagas por concursados.
A demissão já era para ter sido determinada em abril, mas atendendo a pedido de David de Oliveira, a decisão ficou para o final do ano, dando mais tempo para solução do problema, levando em consideração que quatro mil ficariam sem emprego no meio do ano.
David de Oliveira explicou que estas pessoas podem até ser contratadas pelo prefeito por um contrato emergencial, mas que não poderão ficar por muito tempo na função, visto que este contrato pode ser de apenas alguns meses.
“Vejo uma crueldade com trabalhadores honestos, que estão prestando suas funções e estão sendo iludidos que vão permanecer neste cargo. Alimentam a esperança de manter este emprego, mas é uma briga perdida, porque não fizeram concurso. É como um paciente com peito aberto na mesa de cirurgia, com câncer. Daí você não opera, fecha o peito e daqui a três meses passa por esta cirurgia”, comparou.
O juiz salientou que a determinação de suspensão do contrato não significa que a Seleta e Omep não terão que arcar com questão trabalhista. Caso não cumpram, a prefeitura será responsável. A entrevista foi concedida ao Bom dia MS, da TV Morena.
