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Polícia Quarta-feira, 21 de Abril de 2021, 08:23 - A | A

Quarta-feira, 21 de Abril de 2021, 08h:23 - A | A

Omertá

Justiça mantém Fahd Jamil preso no Garras

Juiz pediu uma perícia para atestar saúde frágil de Jamil

Elaine Silva
Capital News

Reprodução

Fahd Jamil

Fahd Jamil

Justiça mantém Fahd Jamil Georges, conhecido como  “Fuad" ou “padrinho da fronteira”, de 79 anos, preso na sede da Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestro (Garras). O juiz Roberto Ferreira Filho, após consulta ao Ministério Público Estadual (MPE), realizou a determinação e ainda pediu que uma perícia médica fosse feita no investigado, em até cinco dias, para comprovar sua fragilidade.

Conforme a defesa que luta por um prisão domiciliar, se no tempo determinado não for realizado a perícia, o pedido de prisão domiciliar poderá ser reapreciado pelo juiz.

Caso
Fahd Jamil Georges, 79 anos, se entregou nesta segunda-feira (19), no  aeroporto Santa Maria em Campo Grande. Motivo  de se entregar foi por conta da  saúde debilitada com diabete, enfisema pulmonar, além de caminhar com dificuldade. “O preso, através de seus advogados, informou à Polícia Civil que se entregaria às autoridades nesta manhã, no Aeroporto Santa Maria, localidade está onde ocorreu o devido cumprimento do mandado de prisão que havia em seu desfavor, restando o Poder Judiciário e Ministério Público informados da diligência”, segundo a Polícia Civil.


Carta
Em carta divulgada pelos seus advogados André Borges e Gustavo Badaró, Fahd, relatou que “minha história de vida revela permanente respeito e colaboração com as autoridades em geral, pela importância das atribuições que elas exercem”. Ele também afirmou que é “um homem idoso, doente e sob perseguição de criminosos”.

Omertá
Inicialmente a operação foi deflagrada para cumprimento de 13 mandados de prisão preventiva, dez de prisão temporária e 21 mandados de busca e apreensão, todos em Campo Grande. O foco é uma organização criminosa atuante na prática dos crimes de homicídio, milícia armada, corrupção ativa e passiva, dentre outros.

Na terceira fase da operação, também foram presos em Campo Grande o delegado Obara, acusado de receber R$ 100 mil em propina. Além da Capital, os policiais também estiveram na cidade de Ponta Porã.  Conforme a investigação o alvo era o empresário Fahd Jamil Georges,  vulgo “Fuad". Conhecido como “padrinho da fronteira”, Fahd Jamil é ligado ao empresário campo-grandense Jamil Name, que está preso desde o início do ano de 2020 acusado de comandar grupo de extermínio na Capital.

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