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Polícia Sexta-feira, 29 de Janeiro de 2021, 18:07 - A | A

Sexta-feira, 29 de Janeiro de 2021, 18h:07 - A | A

Omertà

Jamilson Name poderá ter contato com madrasta e assessor

Deputado estadual está proibido de ter contato com cerca de 100 pessoas

Elaine Silva
Capital News

ALEMS

Estão estabelecidas penalidades, previstas no Código de Defesa do Consumidor, para quem desrespeitar a norma.

Jamilson Name

 

Deputado estadual Jamilson Name teve o aval do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) para manter contato com sua madrasta, a ex-vereadora Tereza Name e seu assessor de gabinete,Eronivaldo da Silva Vasconcelos Júnior. Name está proibido de falar com cerca de 100 pessoas, pois está sendo investigado integrar uma organização criminosa no Estado.


Em entrevista ao Capital News, o advogado de Name, Gustavo Passarelli, relatou que “o pedido foi feito por questões de humanidade em relação à Sra. Tereza e com relação ao assessor a questão é de ordem prática, dada a necessidade de exercício do mandato”.

Na segunda-feira (18), o juiz Roberto Ferreira Junior, da 1ª Vara Criminal, rejeitou  o pedido de prisão para o deputado estadual, mas entendeu que medidas cautelares devem ser aplicadas. A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) deverá definir sobre o uso de tornozeleira para o parlamentar. Segundo a decisão, a palavra final será dada pelos colegas do deputado Jamil Name na Casa de Leis, réu em ação derivada da operação Omertà.

 

Passarelli  informou  que “há uma determinação judicial nesse sentido, que deve ser respeitada. A Assembleia tem a prerrogativa de deliberar sobre decisões judiciais que possam interferir negativamente no exercício do mandato. Esse foi o posicionamento do juízo e, em nosso entendimento, deve ser observado”, relata. 


Jamilson é apontado como chefe de organização dedicada à exploração do jogo do bicho em Campo Grande e outros municípios. Na denúncia está o pedido de prisão, onde o Gaeco aponta que Jamilson assumiu o comando da organização após a prisão do pai, Jamil Name, e do irmão, Jamil Name Filho, que cumprem pena no presídio federal de segurança máxima de Mossoró (RN).

Pantanal Cap
Pantanal Cap foi lacrada no dia 02 de dezembro e teve a determinação judicial de bloqueio de R$ 18,2 milhões em bens. Decisão de encerramento do Pantanal Cap tem relação com a quarta fase da Omertà, chamada de Black Cat, onde foram lacradas várias barracas, pontos de venda do Pantanal Cap e algumas também de jogo do bicho.

Nesta quinta fase teve como alvo o deputado estadual Jamilson Name (sem Partido), apontado como o dono da Pantanal Cap. Na casa e no escritório dele, que funcionam no mesmo endereço do título de capitalização, foram apreendidos mais de R$ 100 mil em dinheiro.

As bancas já estavam lacradas desde o dia 23 de setembro, quando foi feita a quarta fase da Omertà, denominada “Black Cat”, e nesta semana foram retiradas de espaços públicos. O processo ocorre de forma sigilosa. Os envolvidos estão respondendo por organização criminosa, exploração do jogo do bicho e lavagem de dinheiro.

Omertá
Operação envolvendo o arsenal apreendidos com um guarda municipal, acabou com a prisão preventiva do empresário Jamil Name e o filho dele Jamil Name Filho, nesta sexta-feira (27). Os dois foram detidos durante a Operação Omertà, que envolve o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Garras), Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) e o Batalhão de Choque da Polícia Militar.

A operação foi deflagrada para cumprimento de 13 mandados de prisão preventiva, dez de prisão temporária e 21 mandados de busca e apreensão, todos em Campo Grande. O foco é uma organização criminosa atuante na prática dos crimes de homicídio, milícia armada, corrupção ativa e passiva, dentre outros.

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