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Política Quarta-feira, 24 de Janeiro de 2018, 10:02 - A | A

Quarta-feira, 24 de Janeiro de 2018, 10h:02 - A | A

Protesto

Defensores de Lula ressaltam falta de provas no processo no caso triplex

Manifestantes entoam gritos de guerra e fazem panfletagem para chamar atenção para o julgamento

Flávio Brito e Esthéfanie Vila Maior
Capital News

Esthéfanie Vila Maior/Capital News

Defensores de Lula ressaltam falta de provas no processo no caso triplex

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Grupo de manifestantes se reuniu no centro de Campo Grande, para protestar em defesa do ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. A organizam fala em pelo menos 300 pessoas. Com o julgamento iniciado às 7h30 de hoje (24), horário de Mato Grosso do Sul, apoiadores de Lula se concentram logo cedo no cruzamento da Avenida Afonso Pena, com rua 14 de Julho.

 

Esthéfanie Vila Maior/Capital News

Defensores de Lula ressaltam falta de provas no processo no caso triplex

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A manifestação, que segundo organizadores está sendo realizada em todas as capitais brasileiras, busca chamar atenção da população para “a falta de provas” que incriminariam do ex-presidente no caso do triplex em Guarujá (SP). Com gritos de guerra como “Lula guerreiro do povo brasileiro” e panfletagem, os manifestantes tentam chamar a atenção de quem passa pelo local. Um ato teatral e uma publicação assinada pela Frente Brasil Popular é entregue às pessoas. 

 

Os apoiadores prometem permanecer no Centro da Capital pelo menos até às 11h. “Ele precisa ter o direito de se defender, o ex-presidente Lula está sendo julgado de forma injusta. Até o momento em que ele foi condenado em Primeira Instância, não houve nenhuma prova nos autos do processo. Por isso, nós estamos defendendo o direito dele a ser candidato à presidência da  República”, afirma o presidente do PT de Campo Grande, Agamenon do Prado. 

 

Condenado pelo juiz Sérgio Moro a 9 anos e 6 meses de prisão no caso do triplex no Guarujá (SP), o ex-presidente  Lula tem seu recurso julgado nesta quarta pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), Segunda Instância das ações da Lava Jato, com sede em Porto Alegre (RS)

 

Na sentença, Moro sustenta que a empreiteira OAS pagou R$ 2,2 milhões em propina a Lula por meio da entrega do triplex e reformas realizadas no imóvel. O ex-presidente nega ser dono do apartamento. Nesse mesmo processo, o ex-presidente foi absolvido da acusação de ter se beneficiado irregularmente do armazenamento de seu acervo presidencial, pago pela empresa. 

 

O TRF-4 e o Ministério Público Federal (MPF) já anunciaram que só haverá prisão quando todas as possibilidades de recurso se esgotarem no tribunal. Se todas as possibilidades de recurso se esgotarem no TRF-4 e a condenação for mantida pelo tribunal, Lula poderá ter o registro de sua candidatura negado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com base na Lei da Ficha Limpa, que prevê que condenados em segunda instância não podem se candidatar. Acusando Moro de fazer política, Prado afirma que “quem tem de dizer se Lula deve ser presidente é o povo”.

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