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Política Quarta-feira, 24 de Maio de 2017, 16:14 - A | A

Quarta-feira, 24 de Maio de 2017, 16h:14 - A | A

Delação JBS

Governador visita Casa da Indústria para se defender de denúncias de propina

Presidente classifica como “desqualificadas” as denúncias feitas pelos executivos da JBS

Maisse Cunha
Capital News

Divulgação/Fiems

 Governador visita Fiems para se defender de denúncias de propina

Governandor tranquilizou o setor produtivo a respeito da manutenção de incentivos fiscais

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) se reuniu, nesta manhã (24), com representantes do setor produtivo de Mato Grosso do Sul, representado pela Fiems, Famasul, Fecomércio-MS, Faems, Amems e Sebrae, no edifício da Casa da Indústria, em Campo Grande, para apresentar sua defesa frente às denúncias feitas pelo empresário Wesley Batista, proprietário da JBS.

No encontro, solicitado pelo tucano, ele apresentou cópia da denúncia, feita pelo empresário, e a comparou com prestação de contas aprovada pela Justiça Eleitoral em que figuram exatamente os mesmos valores como doação oficial de campanha, via Diretório Nacional do Partido.

“A JBS, assim como diversas outras empresas, fez doações oficiais para a minha campanha ao Governo do Estado em 2014, todas devidamente contabilizadas e aprovadas pela Justiça Eleitoral. Estão utilizando essa informação de maneira distorcida, e cabe a eles o ônus da prova. Eu permaneço com a consciência tranquila e à disposição da Justiça com a minha defesa em mãos”, afirmou o governador.
 
Na ocasião, o Presidente da Fiems, Sérgio Longen, classificou como “desqualificadas” as denúncias feitas pelos executivos da empresa, no que se refere aos incentivos fiscais concedidos pelo Estado.



“Ao condicionar a concessão de incentivos fiscais ao pagamento de propina, os denunciantes jogaram em uma vala comum os 1.199 empresários detentores de termos de acordo em Mato Grosso do Sul. Não posso falar em nome dos outros 1.198 empresários, mas eu nunca dei um real em troca da renovação de benefícios fiscais para a minha empresa. Fato que, por si só, desqualifica a denúncia como um todo”, pontuou.

Maurício Saito, presidente da Famasul, defendeu a concessão de incentivos fiscais por parte do governo. “Estamos prestes a viver uma crise de abundância no setor agrícola. Ainda temos metade da última safra de soja armazenada e vivemos a iminência de uma safra recorde de milho. Diante da incapacidade de armazenamento desses grãos, firmamos um termo de acordo que garantirá o escoamento da produção. Sem isso, simplesmente não teríamos como armazenar esse excedente produtivo”, destacou.

Para o Diretor da Fecomércio, Adailson Puertes, os incentivos do governo do estado foram responsáveis por manter o Produto Interno Bruto (PIB) positivo, no último ano. “O setor de comércio e serviços sofreu muito com a crise econômica. As ações do Governo do Estado, que fizeram com que o PIB se mantivesse positivo em 2016, são de extrema importância para os pequenos varejistas, que são responsáveis pela oxigenação da economia”, afirmou.

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