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Economia Quarta-feira, 23 de Maio de 2018, 12:47 - A | A

Quarta-feira, 23 de Maio de 2018, 12h:47 - A | A

Abastecimento

“Postos já estão em sinal de alerta”, diz diretor do Sinpetro-MS, em relação à falta de combustíveis

Paralisação dos caminhoneiros afeta abastecimento dos postos e pode deixar cidades do interior sem estoque

Flávio Brito e Estéphanie Vila Maior
Capital News

Deurico/Capital News

Foto ilustrativa de gasolina, Etanol, alcool, carro flex, dois combustíveis

Capacidade de estoque nos postos da Capital é de no máximo dois dias, avalia diretor do Sinpetro-MS

A continuidade da paralisação realizada pelos caminhoneiros nas rodovias que cortam Mato Grosso do Sul começa a preocupar os donos de postos de gasolina do Estado. As manifestações entraram no terceiro dia e já trazem efeitos para o abastecimento de combustíveis. “Como é o terceiro dia de greve, os postos já estão em sinal de alerta”, afirma Edson Lazarotto, diretor do Sinpetro-MS.

 

Três Lagoas, Paranaíba, Corumbá e Porto Murtinho estão na lista das cidades mais afetadas pelos bloqueios realizados nas estradas, principalmente, aqueles realizados no Estado de São Paulo. No caso de Campo Grande, Lazarotto explica que as distribuidoras já têm restringido a quantidade de combustível disponibilizada para cada posto. “Se um posto pede 10 mil litros, as distribuidoras têm entregado 5 mil para não desfalcar os outros”, exemplifica o diretor do Simpetro-MS. Segundo ele, as empresas conseguem manter seus estoques por no máximo dois dias.

 

Quanto aos efeitos para o preço nas bombas, Lazarotto é cauteloso na avaliação e lembra que o sindicato não interfere na política de preços, essa decisão cabe aos empresários, apesar da influência da oferta e da demanda que age sobre o mercado. Sobre a realização da paralisação, o representante do sindicato também preferiu não opinar, mas citou como positiva a reivindicação da redução da carga tributária sobre o diesel, por exemplo, com a redução de alíquotas como a do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). 

 

A categoria quer a redução do valor do óleo diesel, que tem tido altas consecutivas nas refinarias. Ontem, o preço subiu 0,97% nas refinarias. Mas a Petrobras já anunciou que a partir desta quarta-feira (23), o valor cairá 1,54%. A escalada dos preços aconteceu em meio à disparada dos valores internacionais do petróleo.

 

As revisões podem ou não refletir para o consumidor final – isso depende dos postos. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, do Gás Natural e dos Biocombustíveis (ANP), o preço médio do diesel nas bombas já acumula alta de 8% no ano. O valor está acima da inflação acumulada no ano, de 0,92%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

Em maio, já foram anunciadas 10 altas e 5 quedas no preço do litro do diesel. No caso da gasolina foram 12 altas, 2 quedas e uma estabilidade. A última queda no preço da gasolina nas refinarias tinha ocorrido em 3 de maio. Na ocasião, o valor do litro da refinaria foi reduzido em 0,99%, de R$ 1,8072 para R$ 1,7893. No caso do diesel, a última redução ocorreu no dia 12 de maio, quando o preço passou de R$ 2,2361 para R$ 2,2162, queda de 0,88%, conforme cálculos feitos pela reportagem do portal G1.

Agência Brasil

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