Campo Grande Terça-feira, 30 de Abril de 2024


Cotidiano Quinta-feira, 24 de Maio de 2018, 14:32 - A | A

Quinta-feira, 24 de Maio de 2018, 14h:32 - A | A

Greve dos caminhoneiros

Greve dos caminhoneiros pode tirar 200 ônibus de circulação e prejudicar estudantes

Apepan avalia como o desabastecimento de combustíveis e bloqueios afeta empresas de linhas regulares, operadores autônomos e o fretamento

Flávio Brito
Capital News

Agepan/Arquivo

Desabastecimento pode tirar 200 ônibus de circulação e impedir estudantes  de chegar às salas de aula

 

A Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos (Agepan) acompanha de perto os efeitos de um possível desabastecimento de combustível no Estado, em virtude da greve dos caminhoneiros, que chegou ao seu 4º dia nesta quinta-feira (24). De acordo com o diretor de Transportes da Agência, Ayrton Rodrigues, a maior preocupação é com o serviço de fretamento. “Cerca de 200 ônibus fazem o transporte dos estudantes em todo o Estado. Eles correm o risco de não conseguir chegar às aulas”, adverte. 

 

Eles podem ser os primeiros a sentir os efeitos do desabastecimento total, como é o caso de cidades considerados polos universitários, como é o caso de Dourados e Aquidauana.  A maioria das empresas é pequena e opera com apenas um veículo. 

 

Ele explica que a situação se agrava porque estes prestadores de serviço não reversa de combustível, como é o caso das concessionárias que atendem ao transporte rodoviário regular de passageiros. “A gente sabe que essas empresas estão baseadas no interior do Estado, onde as dificuldades de abastecimento têm sido ainda maiores”, lembra Rodrigues, ao falar da situação já relatado pelos próprios empresários da venda de combustíveis.

 

Quanto às empresas que fazem as linhas regulares de transporte rodoviário de passageiros, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Rodosul) afirmou à diretoria da Agepan, em reunião na manhã de hoje, que as 130 linhas que fazer o serviço ainda não correm o risco de ficarem de desabastecidas, já que contou com seus próprios tanques. Porém, os passageiros têm de estar preparados para possíveis no horário de chegada ao destino em virtude dos bloqueios das estradas. 

 

Transporte complementar

A Cooptrapte, uma das duas cooperativas de transportadores autônomos que operam de forma complementar no transporte intermunicipal, também se reuniu com a Agepan e  comunicou à Diretoria de Transportes que algumas linhas terão a circulação interrompida se a situação não se normalizar. “Esses micro-ônibus operam diariamente saindo de cidades do interior para Campo Grande, mas alguns já estão sem combustível na cidade de origem para fazer o deslocamento até a Capital, onde ainda há  disponibilidade para abastecer”, informa Rodrigues. 

 

Segundo a cooperativa, que tem cerca de 22 cooperados, em algumas cidades apenas um posto de combustíveis ainda está com suprimento.  No total, são 50 autônomos no Sistema de Transporte de Passageiros do Estado. Mas o serviço  é oferecido de forma complementar, ou seja, os micro-ônibus são uma alternativa, mas há também ônibus regulares nessas linhas, como é o caso de Terenos, o serviços das vans é muito comum.

 

Fiscais da Agepan em cidades do Interior irão ajudar a monitorar a movimentação nos terminais rodoviários para verificar se está ocorrendo impacto na movimentação. Uma das preocupações da Agência é que tanto os autônomos quanto as empresas informem adequadamente e com a máxima antecedência possível aos passageiros sobre eventuais cancelamentos ou adiamentos de viagem, redução na disponibilidade de horários, e direitos como a de devolução do dinheiro para quem tiver a viagem suspensa.

Comente esta notícia


Reportagem Especial LEIA MAIS