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Rural Segunda-feira, 28 de Maio de 2018, 09:48 - A | A

Segunda-feira, 28 de Maio de 2018, 09h:48 - A | A

PARALISAÇÃO

Preço da carne suína, de frango e ovos deve aumentar devido à greve

Regularização do abastecimento de alimentos para a população poderá levar até dois meses, afirma ABPA

Esthéfanie Vila Maior
Capital News

Cedida / Pablo Centenaro Thomaz

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Paralisação dos caminhoneiros no interior de Mato Grosso do Sul, em Rio brilhante

 

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que representa 150 empresas e quase 100% do setor de aves e de suínos do Brasil, informou em nota que 1 bilhão de aves e 20 milhões de suínos podem morrer com risco de canibalização, falta de ração e condições críticas para os animais.

 

Até este domingo (27), sétimo dia de paralisação dos caminhoneiros, “64 milhões de aves adultas e pintinhos morreram e um número maior deverá ser sacrificado em cumprimento às recomendações da Organização Mundial de Saúde Animal e das normas sanitárias vigentes no Brasil”.

 

De acordo com a ABPA, as carnes suína, de frango e os ovos podem custar mais caro para o bolso do consumidor. “Após o final da greve, a regularização do abastecimento de alimentos para a população poderá levar até dois meses”.

 

Desde o início da greve, milhares de toneladas de carnes deixaram de ser transportadas. As fábricas foram obrigadas a paralisar, por não terem onde estocar os produtos. “ A ABPA registrou 167 plantas frigoríficas de aves e suínos paradas. Mais de 234 mil trabalhadores estão com atividades suspensas”.

 

A situação também afeta o mercado internacional. “Aproximadamente 100 mil toneladas de carne de aves e de suínos deixaram de ser exportadas na última semana. O impacto na balança comercial já é estimado em 350 milhões de dólares”.

 

A Associação estima que a continuidade da paralisação vai acarretar na mortandade de milhões de animais, desabastecimento, problemas de saúde pública, danos ao meio ambiente e possível fechamento de agroindústrias e cooperativas.

 

Em nota, a ABPA apela “para a sensibilidade das lideranças do movimento grevista dos caminhoneiros, da Polícia Federal, das polícias estaduais e municipais pela liberação da passagem dos caminhões carregados com ração, cargas vivas, carnes e outros alimentos em caminhões frigoríficos”.

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