Caracterizada por um ambiente em que prevalece a violação, onde a violência sexual é normalizada e desculpada na mídia e na cultura popular, a cultura do estupro é representada por uma crença que livra o autor do estupro e transforma a vítima em réu de questionamentos sobre seu comportamento. As possíveis consequências para as vítimas da violência sexual são: Sequelas físicas (marcas, dores, DST), Dificuldades de ligação afetiva, Dependência química, Autoestima fragilizada, Autoimagem distorcida, Intenção de suicídio, Condutas agressivas, Doenças psiquiátricas, Insônia ou sono perturbado e Sentimento de culpa, medo, raiva, vergonha.
Segundo o Datafolha (2016) cerca de 1,4 milhão de brasileiras foram espancadas no ano de 2016 e 1% delas levou, no mínimo, um tiro. Para mudar esse quadro, sugerimos 10 atitudes para combater a cultura do estupro:
1. Evite o uso de falas que denigram a mulher;
Brincadeiras sobre a mulher e as suas partes intimas, insinuações pejorativas, “cantadas” ou elogios que tenham tons abusivos, trazendo um papel puramente mercantil para a mulher, ou sugerindo que sejam pessoas com menor valor na sociedade.
2. Nunca atribua culpa à vítima;
Ao questionar que roupa ela estava, que lugar ela estava, ou o tipo de conduta, não justificam um ato violento ou libidinoso sem a vontade da mulher. Em muitas situações de estupro as vitimas foram questionadas quanto a índole da pessoa sobrevivente, ao invés de questionar o ato de violência em si. Toda pessoa que sofreu algum tipo de abuso por si só já se sente culpada, essa é uma característica do abuso, se uma culpa internalizada é reafirmada a vitima passa a ter consequências mais drásticas.
3. Posicione-se diante de uma piada ofensiva ou de uma violação trivial;
quando você ri ou se cala pode estar reforçando essa cultura.
4. Diante de um relato de violência, seja solidário;
Jamais minimize a dor de alguém, o que pra você parece pequeno e insignificante para a vitima pode ser determinante para desistir de viver.
5. Pense criticamente nas mensagens da mídia sobre mulheres, homens, relacionamentos e violência;
6. Seja respeitoso com o espaço físico dos outros, mesmo em situações casuais;
peça ajuda caso alguém esteja sofrendo assédio.
7. Estabeleça uma comunicação saudável com parceiros sexuais baseada em respeito mútuo e consentimento plenos; você tem o direito de dizer sim ou não para o uso do seu corpo;
8. Respeite o tempo que cada um leva para definir o momento e a forma de sua iniciação sexual; é preciso quebrar os tabus da virgindade ainda existentes, muitos casos de estupro acontecem por causa dessas crenças de que meninos e meninas tem uma idade determinada para estar virgem ou não. O tempo e o corpo é seu e você determina isso.
9. Proteja os direitos dos menores de 14 anos diante de qualquer ato libidinoso, visto que é considerado estupro de vulnerável; os tempos mudaram sim mas, as consequências de um ato libidinoso para o menor de 14 anos não mudaram, essas consequências podem amputar a infância.
10. Se você tem filhos, ensine-os a respeitar seu próprio corpo e o corpo do outro. Converse sobre o que é privacidade e intimidade, atente para o tempo e a hora certa de usar determinados termos. (logo iremos dar dicas sobre essa forma e tempo de falar sobre sexualidade com seu filho)
- Saiba mais
- Maio Laranja: Saiba como denunciar criança ou adolescente vítima de abuso sexual
- Projeto Nova consegue bater meta e quitas dívidas de agosto
- Psicanalista lança livro para conscientizar jovens contra violência sexual
- Projeto social lança três livro por meio do “Meio Primeiro Livro”
- Maio Laranja em libras para todas as pessoas
- Campanha contra abuso e exploração sexual infantil é lançada
- Maio Laranja: Live debate meios de prevenir abusos dentro das igrejas
- Blinde sua mente! Psicanalista fala sobre cuidados com a saúde mental durante a pandemia
- Projeto Nova busca levantar R$ 3,5 mil para quitar dívidas
- Programa de acolhimentos às vitimas de abuso e violência sexual celebra resiliência e emancipa famílias
- Sobre esses casos de estupro e assédio que viralizam na internet
- Dia Internacional da Mulher: luta por igualdade
- Maio Laranja: mês de combate ao abuso sexual de crianças e adolescentes
- A tragédia do despreparo!
- Audiência Pública gera documento visando combate à Exploração Sexual Infantil
- Projeto Nova promove “Webconferência - Infância, Seu Corpo e o Mundo”
- Desembargadora fala sobre o enfrentamento ao abuso sexual infantil
- Feijoada beneficente busca angariar fundos a projeto social
- Maio Laranja: Ações básicas para proteger as crianças e adolescentes
- Falta pouco para Projeto Nova atingir meta e quitar dívidas de agosto
- Maio laranja: campanha visa combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes
- Mês de conscientização contra a violência doméstica
- Minha casa meu lugar seguro
- O estatuto da criança e do adolescente hoje
- Ação beneficente busca angariar fundos ao Projeto Nova
- Prevenção ao abuso sexual durante as férias de verão
- Acompanhe o lançamento da exposição Saúde Mental
- Maio Laranja: Dia D tem retrato de superação ao abuso
- Do trabalho com garotas de programa, a Projeto voltado a vítimas de abuso e exploração sexual
- Crianças e adolescentes vítimas de abuso lançam livros em Campo Grande
- Mãe conhece mundo das drogas, troca lar pelas ruas e recebe perdão no Natal
- Maio Laranja: exploração sexual de crianças e adolescentes
- Exploração sexual: afetividade e cuidados na abordagem são fundamentais para atendimento às vítimas
- Maio Laranja reforça combate à exploração sexual infantojuvenil
- Mulher Cristã em tempo de crise
- Após perda de gestações, Elaine se curou por meio da arte
- Projeto lança clip e torna lágrimas da violência sexual infantil em música para transformar dores
- Agosto lilás: “Eu era espancada todos os dias até quando estava grávida”
- Reunião define tarefas para construção de Centro de Atendimento à criança
- Enfrentamento ao abuso e exploração sexual em Porto Murtinho
- Exposição artística sensibiliza um olhar para crianças após abuso sexual
- Maio Laranja foi de alerta para alto índice de abuso sexual no país
- Exposição artística retrata a importância da saúde mental
- Converse sobre prevenção ao abuso com as crianças
- Projeto de Mato Grosso do Sul que atende crianças vítimas de abuso é selecionado para o Criança Esperança
- Maio Laranja: Abuso sexual, precisamos falar sobre isso
- Há 10 anos auxiliando vulneráveis, projeto da Capital ganha reconhecimento nacional
- Conscientização sobre abuso sexual se expandiu e atravessou fronteiras de Mato Grosso do Sul
- Almoço árabe tem lucro revertido para projetos sociais
- Maio Laranja em combate a exploração sexual de crianças e adolescentes
- Cultura ou Estupro? Uma em cada três mulheres sofre violência no Brasil (Datafolha)
- Bazar online oferece peças a partir de R$ 5,00
- Infância a venda
- Exposição sobre “Saúde Mental” será inaugurada nesta quarta
- Maio Laranja: Como proteger as crianças e adolescentes do abuso sexual
- Marcas de uma infância perdida
- Projeto de apoio a crianças e adolescentes vítimas de violência lança livros escritos por eles neste sábado
- Em combate à Exploração Sexual, alunos são alvos de campanha em Campo Grande
- Live fala de “como superar o abuso sexual”
- Mais de 70% das vítimas de estupro são crianças e adolescentes
- Dia Nacional promove o enfrentamento ao abuso e à exploração sexual
- Live solidária em prol do Maio Laranja
- Projeto Nova atinge meta para quitar dívidas de julho
- Coordenadoras ministram treinamento para rede de educação em Sonora
- Com baixa adesão, Projeto Nova adia feijoada beneficente
- Vaquinha social quer manter dentistas e psicólogos atendendo crianças e adolescente vítimas de abuso sexual
- A violência silenciada
- Violência na escola
- Falta pouco para a exposição “Significar Infância”
- A cada 40 segundo uma pessoa se suicida no mundo
- Plataforma Cultural recebe exposição sobre saúde mental
- Maio Laranja e a Infância Amputada
Se você foi vítima de alguma violência, seja ela verbal, moral, psicológica, física ou sexual, denuncie!!
• Disque 180 (Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência)
• Disque 100 (Disque Direitos Humanos – visa atender especialmente as populações consideradas de alta vulnerabilidade, como crianças e adolescentes, pessoas idosas, pessoas com deficiência, LGBT, pessoas em situação de rua, quilombolas, ciganos, índios e pessoas em privação de liberdade).
• Aplicativo “Proteja Brasil” (http://www.protejabrasil.com.br/br/ – é possível fazer denúncias direto pelo aplicativo, localizar os órgãos de proteção nas principais capitais e ainda se informar sobre as diferentes violações).
*Viviane Vaz
Psicanalista, Missiologa, Escritora,
autora do Livro “Infância Amputada – o cuidado de sobreviventes da violência sexual e prostituição”
Coordenadora do Projeto NOVA
[email protected]
• • • • •
A veracidade dos dados, opiniões e conteúdo deste artigo é de integral responsabilidade dos autores e não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Capital News |