A história revela o quanto crianças e adolescentes eram irrelevantes numa sociedade centrada no adulto, assim pouco visto o fato de que uma criança desde a gestação possuir identidade e características pessoais em desenvolvimento. Vistas como propriedade dos pais, objetos negociáveis ou servos exclusivos. Aristóteles descreveu a criança como “ser irracional”. Sem quaisquer tipos de direitos, era desconsiderada a presença de sentimentos e demais traços de humanidade na infância.
No Brasil temos avanços acerca do olhar para a infância e juventude num movimento que trouxe dignidade a estes a partir do ano de 1854. É instituída a obrigatoriedade do ensino com algumas restrições. De 1900 a 1930 surgem às primeiras lutas sociais do proletariado nascente, e em 1923 foi criado o juizado de menores, revestindo o juiz de grande poder para o julgamento do destino de muitas crianças. Posteriormente, destaca-se o surgimento de programas assistencialistas, implantação de leis e uma serie de ações governamentais. A partir de 1980 uma abertura democrática se tornou realidade, e em 1990 a consolidação da conquista dos direitos da infância, sendo a produção de um estatuto que contempla o que há de mais avançado na normativa internacional. Então, no dia 13 de julho de 1990 foi promulgado o ECA - Estatuto da criança e do adolescente, a fim de contemplar a criança e o adolescente dignos de direitos enquanto seres humanos em desenvolvimento. Promove a estes, proteção a vida e a saúde, mediante a efetivação de políticas públicas que “permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência” ECA - 1990.
É definido como dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor, bem como o direito a ser criado e educado no seio da sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente livre da presença de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes. Direito à educação, cultura, esporte e lazer; Direto a profissionalização e à proteção ao trabalho; garantia de políticas públicas de proteção; garantia da infiltração de agentes de polícia para a investigação de crimes contra a dignidade sexual de crianças e de adolescentes.
- Saiba mais
- Projeto Nova consegue bater meta e quitas dívidas de agosto
- Psicanalista lança livro para conscientizar jovens contra violência sexual
- Cultura ou Estupro? Uma em cada três mulheres sofre violência no Brasil (Datafolha)
- Ação beneficente busca angariar fundos ao Projeto Nova
- Projeto social lança três livro por meio do “Meio Primeiro Livro”
- Infância a venda
- Acompanhe o lançamento da exposição Saúde Mental
- Maio Laranja: Saiba como denunciar criança ou adolescente vítima de abuso sexual
- Minha casa meu lugar seguro
- Sobre esses casos de estupro e assédio que viralizam na internet
- Mais de 70% das vítimas de estupro são crianças e adolescentes
- Maio Laranja reforça combate à exploração sexual infantojuvenil
- Dia Internacional da Mulher: luta por igualdade
- Live solidária em prol do Maio Laranja
- Após perda de gestações, Elaine se curou por meio da arte
- Programa de acolhimentos às vitimas de abuso e violência sexual celebra resiliência e emancipa famílias
- Mãe conhece mundo das drogas, troca lar pelas ruas e recebe perdão no Natal
- Maio Laranja: exploração sexual de crianças e adolescentes
- Maio laranja: campanha visa combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes
- Enfrentamento ao abuso e exploração sexual em Porto Murtinho
- Exposição artística sensibiliza um olhar para crianças após abuso sexual
- Mês de conscientização contra a violência doméstica
- A cada 40 segundo uma pessoa se suicida no mundo
- Exposição artística retrata a importância da saúde mental
- Maio Laranja: Ações básicas para proteger as crianças e adolescentes
- Converse sobre prevenção ao abuso com as crianças
- Projeto de Mato Grosso do Sul que atende crianças vítimas de abuso é selecionado para o Criança Esperança
- Falta pouco para Projeto Nova atingir meta e quitar dívidas de agosto
- Do trabalho com garotas de programa, a Projeto voltado a vítimas de abuso e exploração sexual
- Campanha contra abuso e exploração sexual infantil é lançada
- Bazar online oferece peças a partir de R$ 5,00
- Crianças e adolescentes vítimas de abuso lançam livros em Campo Grande
- Blinde sua mente! Psicanalista fala sobre cuidados com a saúde mental durante a pandemia
- Exposição sobre “Saúde Mental” será inaugurada nesta quarta
- Maio Laranja: Dia D tem retrato de superação ao abuso
- Maio Laranja em combate a exploração sexual de crianças e adolescentes
- Live fala de “como superar o abuso sexual”
- Agosto lilás: “Eu era espancada todos os dias até quando estava grávida”
- Audiência Pública gera documento visando combate à Exploração Sexual Infantil
- Dia Nacional promove o enfrentamento ao abuso e à exploração sexual
- Reunião define tarefas para construção de Centro de Atendimento à criança
- Desembargadora fala sobre o enfrentamento ao abuso sexual infantil
- Projeto Nova atinge meta para quitar dívidas de julho
- Projeto lança clip e torna lágrimas da violência sexual infantil em música para transformar dores
- Em combate à Exploração Sexual, alunos são alvos de campanha em Campo Grande
- Conscientização sobre abuso sexual se expandiu e atravessou fronteiras de Mato Grosso do Sul
- Violência na escola
- Falta pouco para a exposição “Significar Infância”
- Almoço árabe tem lucro revertido para projetos sociais
- Prevenção ao abuso sexual durante as férias de verão
- Plataforma Cultural recebe exposição sobre saúde mental
- Maio Laranja: Abuso sexual, precisamos falar sobre isso
- Maio Laranja e a Infância Amputada
- Há 10 anos auxiliando vulneráveis, projeto da Capital ganha reconhecimento nacional
- Marcas de uma infância perdida
- Exploração sexual: afetividade e cuidados na abordagem são fundamentais para atendimento às vítimas
- Maio Laranja: Live debate meios de prevenir abusos dentro das igrejas
- Projeto de apoio a crianças e adolescentes vítimas de violência lança livros escritos por eles neste sábado
- Mulher Cristã em tempo de crise
- Projeto Nova busca levantar R$ 3,5 mil para quitar dívidas
- Maio Laranja: Como proteger as crianças e adolescentes do abuso sexual
- Maio Laranja em libras para todas as pessoas
- A tragédia do despreparo!
- A violência silenciada
- Maio Laranja foi de alerta para alto índice de abuso sexual no país
- Projeto Nova promove “Webconferência - Infância, Seu Corpo e o Mundo”
- Coordenadoras ministram treinamento para rede de educação em Sonora
- 10 atitudes que podemos ter para combater a cultura do estupro
- Feijoada beneficente busca angariar fundos a projeto social
- Com baixa adesão, Projeto Nova adia feijoada beneficente
- Vaquinha social quer manter dentistas e psicólogos atendendo crianças e adolescente vítimas de abuso sexual
- Maio Laranja: mês de combate ao abuso sexual de crianças e adolescentes
Vale destacar que o ECA também informa sobre as conseqüências para os atos infracionais que crianças e adolescentes cometam. Onde a autoridade competente poderá aplicar a estes medidas como: advertência, obrigação de reparar danos, prestação de serviços comunitários, liberdade assistida, inserção em regime de semi-liberdade e internação em estabelecimento educacional. Pais ou responsáveis são primordialmente titulares da guarda e tutela dos menores sob sua responsabilidade. Exatamente por isso devem sofrer sanções ou medidas corretivas no caso de incapacidade ou deficiência no atendimento ao menor.
Entretanto, dados da Organização Internacional do Trabalho – OIT mostram que ainda hoje mais de 168 milhões de crianças estão expostas ao trabalho. 120 milhões tem idades entre 5 e 14 anos e cerca de 5 milhões vivem em condições análogas a escravidão. No Brasil 14,4% dos adolescentes entre 15 e 17 anos realizam trabalhos perigosos. Segundo o escritório das Nações Unidas o termo “trabalho infantil” pode ser definido como o “trabalho que priva as crianças de sua infância, e que é prejudicial para o desenvolvimento físico e mental”. Entende-se que a participação destes em trabalhos que não afetam a saúde, educação e desenvolvimento pessoais, possam ser considerados positivos. Mais de 100 mil meninas são vítimas de exploração sexual no Brasil. Em 1993 houve um avanço no entendimento da temática, e a partir desse momento, a prostituição infantil passou a ser compreendida como exploração sexual infanto-juvenil.
Diante disso fica o apelo que se cumpram as leis, pois o ECA é um documento em perfeitas condições de aplicações. Fato é que a aplicação deve acontecer. Devemos nos manifestar, exigir o entendimento e cumprimento do estatuto, bem como sua divulgação em todas as classes sociais. Lembrando a importância do Art. 70 que traz o dever para todos de prevenir a ocorrência de ameaça ou violação dos direitos da criança e do adolescente. Afinal, todos já fomos crianças um dia e sabemos quão preciosa é essa fase da vida.
*Viviane Vaz
Mãe, Psicanalista, Missióloga, Escritora,
Coordenadora do Projeto NOVA
www.projetonova.com
• • • • •
A veracidade dos dados, opiniões e conteúdo deste artigo é de integral responsabilidade dos autores e não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Capital News |