Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) denunciou no dia 1º de março o ex-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul e conselheiro do Tribunal de Contas do estado (TCE), Jérson Domingos, por obstrução de Justiça.
Além do conselheiro foram denunciados os empresários Jamil Name e Jamil Name Filho, conhecido como ‘Jamilzinho’, também os um policial civil aposentado, um guarda civil e dois advogados. A denúncia faz parte das investigações sobre a suposta milícia armada que a agia no estado descobriu indícios de um suposto plano para matar o delegado Fabio Peró da Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestro (Garras) que coordenava a apuração.
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O conselheiro já é réu em outra ação que surgiu a partir das investigações da Omertà. Neste processo ele é acusado de supostamente integrar uma organização criminosa. Nesta fase da operação, o Gaeco aponta que Domingos exerceria o “autêntico papel de consiglieri para o líder do grupo, Jamil Name, participando ativamente das discussões de maior importância no âmbito da organização criminosa, sendo responsável por providenciar comunicações da organização criminosa com seus integrantes presos”.
Caso
Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS) e ex-deputado estadual Jerson Domingos foi preso durante a terceira fase da operação omertà. Jerson é cunhado do empresário Jamil Name, preso na primeira fase da operação e teve a prisão preventiva decretada nesta terceira fase. O conselheiro foi preso em uma fazenda em Rio Negro. Após ser preso, o conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul (TCE-MS), Jerson Domingos, conseguiu o habeas corpus e foi solto.
Planejando morte de delegado
Empresário Jamil o filho Jamilzinho estariam planejando um atentado contra o delegado Fábio Peró, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Garras), conforme o documento protocolado pelo Gaeco no Tribunal de Justiça, no qual reitera a necessidade de manter os alvos da operação presos. “O Gaeco recebeu uma informação de outra Agência de Inteligência, no sentido de que os presos da Operação Omertà custodiados no Centro de Triagem 2 estariam articulando um possível atentado contra a vida do Delegado titular do GARRAS, Fábio Peró Correa Paes”, alertam os promotores Tiago Di Giulio Freire, Thalys Franklyn de Souza, Gerson Eduardo de Araújo e Cristiane Mourão Leal Santos.
Papel higiênico
A operação Omertà II foi deflagrada após o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) receber no final do mês de fevereiro do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) um comunicado de apreensão de um pedaço de papel higiênico no interior de uma cela do Presídio Federal de Mossoró. A ordem de execução continham várias anotações feitas por um interno a respeito da operação Omertá I, dentre elas a descrição de plano de atentado contra autoridades de Mato Grosso do Sul, sendo um Promotor de Justiça do GAECO e um Delegado de Polícia Civil do Garras.
Papel higiênico foi apreendido localiza-se entre as celas ocupadas por Jamil Name e Jamil Name Filho, na ala destinada a presos reclusos em Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). Ainda, segundo anotações constantes no pedaço de papel higiênico apreendido pelo Depen, dois advogados, um com escritório neste Estado e outro residente no Estado da Paraíba, seriam os responsáveis por comunicar pessoalmente a ordem de atentado às pessoas identificadas nas anotações pelos nomes de "Cintia" e "Jerson".