Nesta quarta-feira (03) o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ-MS) negou, o pedido de Habeas Corpus da defesa do deputado estadual Jamilson Name (Sem Partido) para a retirada da tornozeleira eletrônica. Também na quarta a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) publicou uma nota onde informou que é contra as medidas cautelares impostas pela Justiça. Foram 18 votos rejeitando as medidas e 2 a favor, além de outras 2 abstenções.
Na decisão, o juiz Waldir Marques, foi apontado que o uso da tornozeleira não prejudica o trabalho do parlamentar. Após a decisão da ALEMS, a justiça acolheu em parte a deliberação apenas em relação à medida cautelar de recolhimento domiciliar noturno e manteve o monitoramento eletrônico por 180 dias, a proibição de deixar Campo Grande sem autorização e a proibição de contato com acusados e testemunhas referente à Operação Omertá. Na última semana foi liberado apenas a comunicação do investigado com a madrasta e o assessor parlamentar.
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A reportagem do Capital News entrou em contato com a defesa do parlamentar, Gustavo Passarelli, que informou que "entendemos que a decisão da Assembleia deve prevalecer em relação às cautelares afastadas no julgamento de ontem, pois assim determinam a Constituição Federal e Estadual. Não há qualquer fato no caso de nosso cliente que excepcione a aplicação desse entendimento do Supremo Tribunal Federal. Dessa forma, utilizaremos das vias judiciais cabíveis para fazer prevalecer a aplicação da Constituição Federal e Estadual”.
Jamilson é apontado como chefe de organização dedicada à exploração do jogo do bicho em Campo Grande e outros municípios. Na denúncia está o pedido de prisão, onde o Gaeco aponta que Jamilson assumiu o comando da organização após a prisão do pai, Jamil Name, e do irmão, Jamil Name Filho, que cumprem pena no presídio federal de segurança máxima de Mossoró (RN).
Pantanal Cap
Pantanal Cap foi lacrada no dia 02 de dezembro e teve a determinação judicial de bloqueio de R$ 18,2 milhões em bens. Decisão de encerramento do Pantanal Cap tem relação com a quarta fase da Omertà, chamada de Black Cat, onde foram lacradas várias barracas, pontos de venda do Pantanal Cap e algumas também de jogo do bicho.
Nesta quinta fase teve como alvo o deputado estadual Jamilson Name (sem Partido), apontado como o dono da Pantanal Cap. Na casa e no escritório dele, que funcionam no mesmo endereço do título de capitalização, foram apreendidos mais de R$ 100 mil em dinheiro.
As bancas já estavam lacradas desde o dia 23 de setembro, quando foi feita a quarta fase da Omertà, denominada “Black Cat”, e nesta semana foram retiradas de espaços públicos. O processo ocorre de forma sigilosa. Os envolvidos estão respondendo por organização criminosa, exploração do jogo do bicho e lavagem de dinheiro.
Omertá
Operação envolvendo o arsenal apreendidos com um guarda municipal, acabou com a prisão preventiva do empresário Jamil Name e o filho dele Jamil Name Filho, nesta sexta-feira (27). Os dois foram detidos durante a Operação Omertà, que envolve o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Garras), Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) e o Batalhão de Choque da Polícia Militar.
A operação foi deflagrada para cumprimento de 13 mandados de prisão preventiva, dez de prisão temporária e 21 mandados de busca e apreensão, todos em Campo Grande. O foco é uma organização criminosa atuante na prática dos crimes de homicídio, milícia armada, corrupção ativa e passiva, dentre outros. (Matéria atualizada às 11h18 acréscimo resposta da defesa de Name)