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Cotidiano Sábado, 15 de Abril de 2023, 12:08 - A | A

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Omertá

Juiz autoriza a retirada da tornozeleira eletrônica de Fahd Jamil

“Rei da Fronteira” precisará cumpri outras medidas cautelares

Elaine Oliveira
Capital News

Reprodução

Fahd Jamil

Fahd Jamil

Foi autorizado pelo juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal de Campo Grande, a retirada da tornozeleira eletrônica de Fahd Jamil, conhecido como ‘Rei da Fronteira’. 

 

Mesmo sem o monitoramento, Fahd precisará cumprir outras medidas cautelares, entre elas não poderá se mudar sem comunicação à Justiça, se ausentar da comarca de Campo Grande por mais de oito dias sem autorização, precisará se fazer presente nas audiências, cumprir recolhimento domiciliar entre 20h e 6h de segunda a sexta e durante todo o dia aos sábados, domingos e feriados, além do comparecimento mensal ao Fórum, segundo a decisão datada de 5 de abril.

 

Em agosto de 2022 a prisão domiciliar de Fahd foi revogada pela Justiça de Mato Grosso do Sul. Acusado de homicídio e de integrar organização criminosa. Preso em abril de 2021, ele cumpria prisão domiciliar. 

 

O recolhimento domiciliar noturno, compreendido entre 20h e 6h, de segunda a sexta, e durante o dia todo aos sábados, domingos e feriados e além disso que não mude de residência sem aviso; não sair mais de oito dias sem prévia autorização e que compareça aos atos do processo.

 

Entenda o caso 

Fahd Jamil se entregou no dia 19 de abril do ano passado no aeroporto Santa Maria em Campo Grande. O Motivo de se entregar foi por conta da  saúde debilitada com diabete, enfisema pulmonar, além de caminhar com dificuldade.

 

Jamil responde a processos por tráfico de armas, organização criminosa, corrupção de agente da Polícia Federal e corrupção contra agente de delegado, no caso de Márcio Oshiro Obara. Após se entregar, ele foi encaminhado para a Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestro (Garras), onde prestou depoimento acompanhado do seu advogado, Gustavo Badaró. O advogado André Borges também defende o empresário.

 

Omertá

Inicialmente a operação foi deflagrada para cumprimento de 13 mandados de prisão preventiva, dez de prisão temporária e 21 mandados de busca e apreensão, todos em Campo Grande. O foco é uma organização criminosa atuante na prática dos crimes de homicídio, milícia armada, corrupção ativa e passiva, dentre outros.

 

Na terceira fase da operação, também foram presos em Campo Grande o delegado Obara, acusado de receber R$ 100 mil em propina. Além da Capital, os policiais também estiveram na cidade de Ponta Porã.  Conforme a investigação o alvo era o empresário Fahd Jamil Georges,  vulgo “Fuad". Conhecido como “padrinho da fronteira”, Fahd Jamil é ligado ao empresário campo-grandense Jamil Name, que está preso desde o início do ano de 2020 acusado de comandar um grupo de extermínio na Capital.

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