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Política Quarta-feira, 09 de Agosto de 2017, 07:37 - A | A

Quarta-feira, 09 de Agosto de 2017, 07h:37 - A | A

CPI/ALMS

Deputado pede a Ministério do Trabalho o ‘número real’ de funcionários da JBS

Investigação monitora a evolução das contratações da empresa no Mato Grosso do Sul desde 2010

Danilo Galvão
Capital News

Victor Chileno

Deputado pede a Ministério do Trabalho o ‘número real’ de funcionários da JBS

Paulo Corrêa (PR) garante que CPI está investigando as promessas do Governo e da empresa em acordos

Com reunião marcada para esta quarta-feira (9), a CPI da JBS na Assembleia Legislativa, já iniciou a semana com ações junto a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego do Estado, no intuito de levantar dados sobre a geração de empregos da empresa no Mato Grosso do Sul, nos últimos anos. O presidente do colegiado, deputado estadual Paulo Corrêa (PR) acionou o escritório de Campo Grande que representa o Ministério do Trabalho para que a Assembleia Legislativa obtenha o raio-x da quantidade de funcionários nas unidades da JBS instaladas no Estado e declarada pela empresa no CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).



A solicitação feita pela CPI ao Superintendente Regional do Ministério do Trabalho, Vladimir Benedito Struck refere-se ao conjunto de dados das unidades da JBS  em sete cidades do Mato Grosso do Sul: Campo Grande , Coxim, Naviraí, Nova Andradina, Ponta Porã, Anastácio e Cassilândia.

De acordo com Paulo Corrêa, os dados são essenciais para comprovar se a JBS cumpriu o que estava previsto no TARE (Termo de Acordo de Regime Especial) 1103/2016, firmado com o governo atual, de gerar 1010 mil novas vagas de emprego, passando de 5890 para 6900 vagas, um aumento de 17%.

“A CPI está investigando tudo, tanto o que foi prometido pelo Estado, quanto o que foi prometido pela empresa e agora queremos saber o que foi cumprido por ambas as partes. Para isso, precisamos confrontar dados e eu solicitei esses dados diretamente ao Delegado Dr. Vladimir Struck, que se comprometeu a entregar um relatório oficial o mais rápido possível”, citou o presidente da CPI, criada em junho com o nome oficial de CPI das Irregularidades Fiscais e Tributárias.

A investigação, que conta ainda com os deputados Flávio Kayatt (PSDB) na relatoria, e Eduardo Rocha (PMDB, como vice-presidente, foi aberta após a repercussão do vazamento de teor da proposta de delação premiada dos irmãos Joesley e Wesley Batista, executivos do Conselho de Administração da JBS e da J&F Investimentos. Os dois citaram à Procuradoria Geral da República que participaram de um esquema de emissão de notas frias no Mato Grosso do Sul, vigente entre os anos de 2010 e 2017, em que o fornecimento de bens e serviços não ocorria.

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