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Polícia Quarta-feira, 12 de Setembro de 2018, 09:02 - A | A

Quarta-feira, 12 de Setembro de 2018, 09h:02 - A | A

OPERAÇÃO VOSTOK

Operação Vostok cumpre mandados com base em delação da JBS no estado

Investigação apura esquema de pagamento de propina a representantes do Governo do Estado

Leonardo Barbosa
Capital News

Reprodução

Operação Vostok cumpre mandados com base em delação da JBS no estado

Segundo delação de executivos, esquema de pagamento de propina envolvia representantes da cúpula dos Poderes Executivo e Legislativo estaduais, além do Tribunal de Contas do Estado

 

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (12), a Operação Vostok, que cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do governador Reinaldo Azambuja (PSDB). As ações fazem parte da investigação que apura denúncia de pagamento de propina pela Operação Lava Jato. O deputado Zé Teixeira (DEM), também é investigado e foi preso pela PF acusado de ser o responsável pela emissão de notas falsas para pagamento de propina.

 

Expedido pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), o mandado pede que seja realizada busca e apreensão de documentos que comprovem esquema de pagamento de propina do Governo do Estado em troca de créditos tributários a empresários.

 

A investigação foi iniciada após delação de executivos da J&F (grupo de investimento que controla a JBS) detalharem procedimentos adotados junto ao Governo do Estado para a obtenção de benefícios fiscais durante a Operação Lava Jato.

 

Dentre os alvos da operação, estão pecuaristas locais responsáveis pela emissão das notas fiscais “frias”, inclusive, um deputado estadual e um conselheiro do Tribunal de Contas Estadual. Também emitiram notas fiscais frias para dissimulação do esquema de pagamento de propina outras empresas do ramo agropecuário e frigorífico.

 

Segundo informações da PF, em razão dos acordos de benefícios fiscais concedidos pelo governo estadual, somente nos dois primeiros anos da gestão atual, a empresa frigorífica teria deixado de recolher aos cofres públicos um montante de mais de R$ 200 milhões. No bojo da ação de hoje, foram cumpridos, ainda, três mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Estadual do Mato Grosso do Sul, no interesse da Promotoria do Patrimônio, cujo objeto vincula-se aos fatos investigados pela Polícia Federal.

 

Aproximadamente 220 policiais federais cumprem 41 mandados de busca e apreensão e 14 mandados de prisão temporária, na capital do estado e nos municípios de Aquidauana, Dourados, Maracaju, Guia Lopes de Laguna; e Trairão no Estado do Pará. São alvos das medidas os endereços residenciais e comerciais dos investigados e os seus locais de trabalho.

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