A Organização Mundial de Saúde (OMS) adverte que a circulação simultânea das variantes ômicron e delta pode se tornar um “tsunami” de contágios em escala global.
O ano de 2022 começa ainda sob o signo da pandemia de covid-19 que, após declínio acentuado no final de 2021, voltou a ampliar dramaticamente seu potencial de contágio com o surgimento da variante ômicron, menos letal felizmente, segundo a ciência.
O mundo bate recordes de contaminações, tendo contado três milhões de contágios em 24 horas na última segunda-feira. Enquanto a indústria farmacêutica ainda pesquisa uma vacina específica contra a ômicron, especialistas estão seguros de que a menor agressividade dessa variante deve ser creditada à imunização em massa empreendida em muitos países, dentre eles o Brasil.
Ocorre que, mesmo menos agressiva para os pulmões – cujo comprometimento responde pela maioria das mortes causadas pelas variantes gama e delta –, ao atingir as vias respiratórias superiores a ômicron está levando grandes contingentes a buscar assistência médica, o que ameaça colapsar a rede de atenção primária.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) tem advertido que a circulação simultânea das variantes ômicron e delta, como ocorre atualmente, representa “risco muito elevado” para todo o mundo.
A propósito, a assustadora propagação de contágio de covid-19 pela ômicron responde por situações extremas, como a suspensão de milhares de voos em todo o planeta, como consequência da contaminação de tripulantes. Segmentos como o de restaurantes, que amargaram grandes perdas pelo longo período de portas fechadas, mal retomavam suas atividades e agora se veem obrigados a reduzi-las drasticamente, muitos com grande parte dos funcionários contaminados.
Esse cenário, que infelizmente pode se agravar nos próximos dias – a OMS aponta para o risco de um “tsunami” criado pela circulação simultânea das variantes delta e ômicron –, adverte para a necessidade de manutenção das medidas de prevenção, como o uso de máscaras e de álcool em gel, de absoluta precaução em ambientes pouco ventilados e de evitar, sempre que possível, aglomerações.
Neste contexto em que a pandemia, que todos nós supúnhamos – torcíamos para – que estivesse agora em vias de extinção, se expande com aceleração sem precedente, o Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul (TCE-MS) optou por adotar o sistema home office para preservar não só seus servidores, mas todos os nossos jurisdicionados, os que demandam nossos serviços.
No ano passado, no período mais crítico da pandemia, o trabalho remoto adotado pelo TCE-MS resultou numa experiência duplamente exitosa: eliminação da exposição dos servidores ao risco de contágio, e excelente produtividade laboral em todas as instâncias da Corte.
Com uma base tecnológica de vanguarda foi possível não só garantir interação online eficaz e segura entre as diferentes áreas complementares, mas exercer controle efetivo capaz de mensurar digitalmente índices de eficiência individual e resultados coletivos. Sempre com foco no rigoroso cumprimento das responsabilidades constitucionais do nosso Tribunal, mais ainda no contexto das excepcionalidades impostas pela maior crise sanitária já vivida pelo país. E que, infelizmente, ainda está presente.
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Agora, com a explosão de contágios imposta pela variante ômicron, o TCE-MS retoma o trabalho home office, cujos resultados alcançados em 2021 nos permitem segura perspectiva de que vamos responder com eficiência e dedicação aos desafios que a grave emergência de novo nos impõe.
Com os índices absurdos de propagação da covid-19, ainda que ômicron seja menos letal este não é um começo de ano propriamente alentador.
Porém, compete a cada um de nós, cidadãos e instituições, a sensibilidade humana e a responsabilidade social de fazermos o que estiver ao nosso alcance para reduzir os índices de contaminação.
De nossas atitudes diante do ímpeto da ômicron dependerá, em grande parte, como será o ano que está só começando.
*Iran Coelho das Neves
Presidente do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul.
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