Se as tramas e os dramas da novela da Globo são frutos de criação artística, as imagens magníficas que ora põem o Pantanal na casa de milhões de brasileiros são reais, retratam um ecossistema único no planeta. E uma gente extraordinária.
A estreia do remake da novela Pantanal, 32 anos depois que o folhetim original foi exibido pela hoje extinta TV Manchete, tem potencial para despertar o interesse de boa parte dos brasileiros por um dos mais ricos e delicados patrimônios naturais da Terra.
Se levarmos em conta que a última vez que a planície pantaneira dominou o noticiário foi por conta da tragédia ambiental causada pelas queimadas que devastaram a região há menos de dois anos, a novela que a Globo começa a exibir, embora seja uma obra ficcional, tem a ‘virtude subjacente’ de reinserir no imaginário coletivo o Pantanal em toda a sua exuberante e frágil riqueza natural.
Se as tramas e os dramas que sustentam a novela da Globo são frutos de criação artística, as imagens magníficas que ora põem o Pantanal na casa de milhões de brasileiros são reais, retratam a grandiosidade natural de um ecossistema único no planeta, expõem uma biodiversidade ímpar e, sobretudo, revelam o jeito de ser e de viver da extraordinária “gente pantaneira”, na expressão do notável escritor Abílio Leite de Barros, em obra fundamental para uma iniciação sobre a região (‘Gente Pantaneira – Crônicas de sua História’, Editora Nova Aguilar, 1998).
Com essa perspectiva, a obra ficcional de algum modo celebra a redenção real do Pantanal, após o desastre apocalíptico dos grandes incêndios de 2020. Contudo, sempre será necessário muito cuidado ao estabelecer paralelos entre realidade e ficção.
Inúmeras reportagens têm registrado o “milagre” da regeneração do ecossistema pantaneiro, mesmo em áreas duramente castigadas pelas queimadas de dois anos atrás. Trata-se de algo alentador, pois confirma a força da natureza para se refazer dos revezes que o homem lhe impõe, por interesses imediatistas ou ‘simplesmente’ por descuido.
- Saiba mais
- TCE-MS, 40 anos: Homenagear nossa história é preparar o futuro no presente
- Encontro nacional: Em pauta, TCs e democracia
- SÍMBOLOS NACIONAIS: Civismo, a essência da nacionalidade
- Dia internacional da mulher: igualdade de gênero é conquista em construção
- Setembro Amarelo: Prevenção ao suicídio, um desafio de todos
- Brasil contemporâneo: O fenômeno dos ‘gurus’ digitais
- Profissionais da saúde mostram que humanidade pode ser melhor
- Desafio contemporâneo: A relevância institucional do TCE-MS
- Pantanal: MPEs unem MS e MT em defesa do bioma
- Governança pública: Por uma cultura da integridade
- A Importância da Prevenção ao Suicídio
- Marco do saneamento, dois anos: Avanços e percalços
- Pandemia impõe revisão de valores como tributo
- Agenda 2030 da ONU: desenvolvimento sustentável é desafio comum e urgente
- Pesadelo real: Fome no Brasil é drama diário de 19,3 milhões
- Busca ativa escolar: Responsabilidade com o futuro
- LGDP: Por uma cultura da proteção de dados
- Guerra na Ucrânia: Insensatez dos homens, provação para mulheres
- O papel transformador do “TCE-MS Sem Papel”
- Fronteiras da inovação: TCE-MS e governo digital
- Recondução Amplia Empenho Pela grandeza da Corte
- 25/03, Dia da constituição: Data impõe refletir sobre os riscos do radicalismo
- Cultura da inovação: Déficit de TI desafia pequenos municípios
- Distância Salutar
- ‘Revoga MS’: Saneamento oportuno
- SUS deve ser robustecido para desafios pós-pandemia
- PNPC: Informação como arma contra a corrupção
- O TCE-MS em 2021: Um ano de respostas aos desafios
- O incentivo à doação de órgãos
- Pessoas com deficiência: Inclusão enfrenta barreiras
- Ideias convergentes sobre o legado do SUS
- O contágio das mentes: A politização da pandemia e o risco de graves “sequelas sociais”
- Localização e Nome Atestam a Notável Visão do Fundador
- Enfrentamento da Covid-19 o TCE-MS, a crise sanitária e a responsabilidade permanente
- MS lidera perda: Água de superfície: o Desastre além do fogo
- Auditor de controle externo: Carreira de estado vital para a governança pública
- Sem precedente, crise do COVID-19 testa nosso senso de humanidade
- Mudança climática: Relevância dos órgãos de controle
- Eleições 2020: município é espaço vital para efetivação da plena cidadania
- Tecnologia & cidadania: estrutura virtual a serviço do controle externo eficaz
- Violência na fronteira: Escalada exige pacto binacional
- O perigo do radicalismo ideológico
- Violência contra a mulher: Responsabilidade de todos
- Covid-19 “suspendeu” calendário gregoriano
- Risco real: Radicalismo ideológico bloqueia diálogo sensato
- Qualidade do gasto público: Ainda sobre a relevância dos TCS para a democracia
- Mudança de Paradigmas
- Campanha eleitoral: Que a sensatez permaneça
- TCE-MS e os desafios contemporâneos: Uma tarefa transformadora
- 2020: Eleições municipais e 40 anos do TCE-MS
- MS, 45 anos: Breve história, grandes avanços
- Campanha excepcional deve ater-se a ideias e propostas
- Um ano de pandemia: apoio a pequenos municípios será decisivo após covid-19
- Declínio da pandemia: Sensação de alívio não descarta cuidados e solidariedade
- Saúde, direito de todos: Há 34 anos, constituinte definia princípios do SUS
- Capacitação de gestores previne ilegalidades no combate à Covid-19
- Desafio contemporâneo: A relevância institucional do TCE-MS - 2
- Energia mais cara: nível crítico de represas põe em alerta o sistema elétrico
- Bacia do prata: Infraestrutura e integração
- A Política da Boa Gestão
- Eleições 2022: Sensatez pela democracia
- Consórcios intermunicipais podem ser saída para escassez de recursos
- Biênio 2021-2022: no discurso de posse, compromissos renovados
- A dança dos Insensatos: Festas clandestinas “celebram” a morte
- Efeito colateral: Ao expor diferentes "brasis", pandemia incita energia social
- STF anula aumento a servidores: Recomendação TCE-MPMS alertou para ilegalidade
- Decisão do INEP: Desafio urgente para a educação
- MS tem 38,29% da população carcerária trabalhando
- Reconhecimento: Servidor público, agente da cidadania
- A MULHER NA POLÍTICA: Sub-representação Feminina É Desafio Contemporâneo
- Cada vez mais frequentes: crises hídricas são alerta de que água é recurso finito
- Volta às escolas: A retomada do ensino presencial
- Um passo importante
- Censo escolar 2021: Um inventário desafiador
- Cartilha do TCE-MS visa garantir transição segura nos municípios
- Crianças sem futuro: trabalho infantil desafia e constrange todos nós
- COVID-19: Mais contagiosa, ômicron desafia o mundo em 2022
- Com EAD, Programa do TCE é Instrumento de Vanguarda
- Campo Grande, 123 anos: Capital do nosso orgulho
- Um Olhar Sobre a Tragédia Pantaneira
- Eleição e governança: Serviço público e democracia
- Futuro não é um destino, Mas um lugar a construir
- Combate à corrupção: rede de controle de MS inspira programa nacional
- Por ampla competição: Orientação do TCE-MS visa sanear licitações
- Marechal da paz: Nossa dívida com rondon
- O heroísmo dos profissionais da saúde
- Marco da humanidade: Já somos oito bilhões
- 1º de maio: com 14,3 milhões sem emprego, difícil festejar o dia do trabalho
- 132 anos de república: Radicalismo e valores republicanos
- O TCE-MS, o eSocial e A Unificação Virtuosa
- Fogo no Pantanal: Sinais de alerta para tempos desafiadores
- Solidariedade como dever social e ético
- Desafio do século 21: com vacinas anticovid-19, ciência dá lição de governança global
- Logística reversa: Pacto põe MS na vanguarda da reciclagem de embalagens
- Eleições 2022: O perigo da radicalização
- Um marco de nosso avanço
- Tóquio 2020: Evento histórico perdeu oportunidade única
- Cobertura da mídia: Guerra na ucrânia eclipsa pandemia
- TCE-MS avança bases de nova cultura de governança
- Desenvolvimento de MS: Educação, fator decisivo
Porém, especialistas alertam que a restauração completa da biodiversidade, com plena retomada da cobertura vegetal capaz de assegurar o repovoamento de diferentes espécies de animais que habitavam áreas devastadas pelo fogo, pode demorar anos ou até décadas.
Felizmente, o Pantanal agora mostrado ao Brasil pela Globo não é “coisa de novela”, mas a realidade quase “edênica” de uma parte da imensa planície pantaneira que não foi tão duramente castigada pelo fogo descontrolado. Neste sentido, como já dito, ao expor a riqueza de vida, as deslumbrantes belezas das águas e das planícies que alimentam os rebanhos que sustentam, secularmente, a ocupação ambientalmente correta do Pantanal, o festejado folhetim celebra a revivescência da rica e delicada região pantaneira.
Com o privilégio de viver no Estado que detém a maior parte do Pantanal, o orgulho de partilharmos de uma região considerada Patrimônio Natural da Humanidade deve ser proporcional à responsabilidade que devemos ter com a sua conservação.
Reponsabilidade que não deve recair apenas sobre os que habitam a planície pantaneira, mas que é – ou deveria ser – de todos os que se preocupam em legar para as gerações futuras uma das mais belas, ricas e delicadas regiões da Terra.
*Iran Coelho das Neves
Presidente do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul.
• • • • •
A veracidade dos dados, opiniões e conteúdo deste artigo é de integral responsabilidade dos autores e não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Capital News |