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Política Segunda-feira, 23 de Julho de 2018, 10:31 - A | A

Segunda-feira, 23 de Julho de 2018, 10h:31 - A | A

Justiça

Defesa pede liberdade de Puccinelli e alega inexistência de novas provas

Em nota, partido menciona o fato de ex-governador ter sido preso mais uma vez antes de evento importante para o MDB

Flávio Brito
Capital News

Deurico/Arquivo Capital News

André Puccinelli preso na Polícia Federal

André Puccinelli foi preso pela Polícia Federal

A defesa do ex-governador André Puccinelli  ingressou nesta segunda-feira (23) com habeas corpus, em caráter de urgência, no Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), contra a prisão preventiva realizada na sexta-feira (20) pela Polícia Federal (PF). A expectativa é a de que o presidente do MDB e pré-candidato ao governo do Estado pelo partido seja solto nesta segunda.

 

 

Entre os fatos apontados como determinantes para a concessão do HC, os advogados afirmam, por exemplo, que a própria PF, sete meses depois da apreensão dos documentos, diz que eles ainda estão sendo analisados, e não apontam nenhuma prova, entre eles, que possa servir de pretexto para a decretação da prisão. Por meio da assessoria de imprensa, a legenda ressaltou a possibilidade de uso político das prisões, já que ele também foi detido antes de um evento importante para o partido, a convenção do MDB, marcada para o dia 4 de agosto.

 

Segundo a nota divulgada à imprensa, os defensores de Puccinelli, insistem ainda na falta de fatos novos. A utilização de recursos do Instituto Ícone, por exemplo, foi possível porque a própria Justiça os liberou de apreensão e, o vínculo desses gastos com outros indiciados foi baseado exclusivamente em uma notícia comprovadamente falsa, sem qualquer documento que a comprovasse, alega a defesa. Além de André Puccinelli, permanecem presos o filho dele, André Puccinelli Júnior e João Paulo Calves.  

 

No pedido, os advogados afirmam que “o prejulgamento que se extrai da decisão é gritante, mais se parecendo o decreto de prisão com uma sentença de mérito, condenatória, proferida a destempo”. Os defensores alegam ainda que o pedido e a decretação da prisão desafia importantes direitos constitucionais (presunção de inocência, devido processo legal, ampla defesa).

 

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